Sob alerta

Japão registra novo terremoto; total de mortes deve superar as atuais 73 já confirmadas

Três dias depois do início da série de tremores, incluindo um abalo de magnitude 7,6, ainda há regiões inteiras inacessíveis ao socorro, o que pressupõe grande número de vítimas. Há mais de 300 pessoas feridas e 33 mil desabrigadas

NHK/Reprodução
NHK/Reprodução
O governo do Japão tem informações de que um outro tremor de nível 7 pode atingir o país na próxima semana

São Paulo – Novo terremoto de magnitude 5 na escala Richter foi registrado no Japão na manhã desta quarta-feira (3). Ao todo já são 155, que atingiram principalmente a Península de Noto, na costa oeste, no primeiro dia do ano. De ontem para hoje, o número de mortos passou de 48 para 73 mortos.

As autoridades divulgaram novo balanço, que mostra ainda mais de 300 feridos e um número superior a 33 mil pessoas abrigadas em centros de evacuação devido aos abalos sísmicos. Os tremores secundários têm dificultado o trabalho das equipes de resgate. Além dos sismos, uma forte chuva atinge o país, que tem ainda estradas bloqueadas e regiões inteiras inacessíveis ao socorro. Isso aumenta a preocupação das autoridades locais para uma possível alta no número de vítimas.

O governo do Japão também tem a expectativa de que outro tremor, de nível 7, atinja novamente a área na próxima semana. A região mais afetada é a província de Ishikawa, com grandes danos às cidades de Wajima, Suzu e Nanao. Nesses locais, os prédios ruíram e há pessoas embaixo dos escombros. Pelo menos 130 pedidos de socorro para pessoas embaixo dos prédios foram registrados somente nesta quarta.

Memória de 2011

O primeiro-ministro, Fumio Kishida, voltou a classificar a busca e o resgate das pessoas afetadas pelo terremoto como uma “batalha contra o tempo”. Os danos à infraestrutura continuam sendo um grande desafio, disse. A sequência de abalos trouxe de volta memórias do terremoto e tsunami de magnitude 9,0 de Tōhoku em 2011, que desencadeou um colapso nuclear na usina de Fukushima.

Embora a extensão dos danos do atual terremoto ainda esteja sendo avaliada, o número de mortos e os níveis de destruição parecem estar longe dos provocados pela catástrofe de 2011. Isso porque o país, além de habituado a terremotos, possui códigos de construção, mesmo em áreas mais remotas, que são rigorosamente cumpridos. Mesmo assim, o temor com relação às vítimas sob escombros permanecem.

“Já se passaram mais de 40 horas desde o desastre. Temos muitos relatos de pessoas que precisam ser resgatadas”, declarou o premiê. A Agência Meteorológica do Japão também emitiu um alerta de chuva forte na região de Ishikawa. Mais de 2 mil bombeiros e 700 policiais foram deslocados em todo o país para atender as emergências.

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Com informações do portal Metrópoles