Síria rejeita pedido da Liga Árabe de renúncia de Bashar al-Assad

Protesto em Trípoli une sírios e libaneses contra governo de Al Assad, que se recusa a deixar o poder (Foto: © Omar Ibtahim/Reuters) São Paulo – A Síria rejeitou nesta […]

Protesto em Trípoli une sírios e libaneses contra governo de Al Assad, que se recusa a deixar o poder (Foto: © Omar Ibtahim/Reuters)

São Paulo – A Síria rejeitou nesta segunda-feira (23) um pedido feito por ministros de Relações Exteriores da Liga Árabe ao presidente Bashar Al Assad para que entregasse o poder. No domingo (22), os ministros haviam exigido que o ditador sírio transferisse seus poderes ao vice-presidente do país, Farouk al Charaa, para viabilizar a formação de um governo de união nacional no prazo de dois meses, o qual deveria legitimar uma nova eleição presidencial.

O governo sírio qualificou o plano como parte de uma “conspiração” contra o país. “A Síria rejeita as decisões do conselho ministerial da Liga Árabe… e as considera uma violação de sua soberania nacional e uma flagrante interferência em seus assuntos internos”, disse uma fonte no governo, segundo a agência estatal síria Sana.

O comunicado não menciona a decisão dos ministros da Liga Árabe de estender o período da missão dos observadores da entidade.

Observadores

Na quinta-feira (19), foi anunciado que os trabalhos da missão de observadores da Liga Árabe estavam encerrados após três semanas. O grupo da organização – composta por 23 países do Oriente Médio e norte da África – era avaliar as consequências da repressão do governo Bashar Al Assad aos protestos por mudanças políticas. Alguns integrantes do grupo, no entanto, devem continuar no país mesmo após o fim do mandato.

Segundo estimativa de comitês de coordenação local, de março de 2011 até o começo deste mês 5,8 mil pessoas morreram em decorrência da repressão aos protestos. Estimativa da própria Liga Árabe calcula 400 vítimas desde 26 de dezembro, quando os observadores desembarcaram no país.

Com informações da Reuters