No Bahrein, rei decreta estado de emergência na tentativa de conter manifestações

Manifestante leva o Alcorão em protesto diante da embaixada da Arábia Saudita, em Manama, capital do Bahrein (Foto: Hamad I Mohammed/Reuters) São Paulo – O rei do Bahrein, Hamad Ben […]

Manifestante leva o Alcorão em protesto diante da embaixada da Arábia Saudita, em Manama, capital do Bahrein (Foto: Hamad I Mohammed/Reuters)

São Paulo – O rei do Bahrein, Hamad Ben Issa Al Khalifa, decretou nesta terça-feira (15) estado de emergência no país pelo período de três meses. A decisão foi motivada pela onda de protestos liderada oposicionistas que pressionam por mudanças no sistema político atual. De maioria xiita, o Bahrein é governado pela minoria sunita.

Na noite de segunda-feira (14), a pedido do governo do país, foram enviados soldados da Arábia Saudita, do Kuwait, de Omã, do Catar e dos Emirados Árabes Unidos. Um representante do governo saudita afirmou que cerca de mil soldados do país chegaram na manhã de segunda ao país vizinho. Acredita-se que eles vão ser incumbidos de guardar instalações ligadas ao setor petrolífero e financeiro. A oposição do país afirmou que a presença de soldados estrangeiros corresponde a uma “ocupação”.

“Devido às circunstâncias no Bahrein o rei decreta estado de emergência por um período de três meses”, anunciou em comunicado oficial a rede estatal de televisão. De acordo com o comunicado, o rei nomeou o comandante das Forças Armadas para coordenar a imposição.

Segundo o comunicado, o comandante das Forças Armadas poderá recorrer ao Exército, à polícia e às unidades da guarda nacional, se houver necessidade. “(Poderá ser usada) qualquer outra força, se necessário”, diz o texto oficial.

Há cerca de um mês ocorrem manifestações no Bahrein. Os protestos são impulsionados sobretudo pela oposição xiita. Os manifestantes defendem mudanças na Constituição, querem substituir o primeiro-ministro do Bahrein que é tio do rei e ampliar os poderes do Parlamento.

Com informações da Agência Brasil