Israel recusa paz com fronteiras de 1967 e pressiona Obama

Barack Obama: sem políticas consistentes de paz no Oriente Médio (Foto: ©Reuters) São Paulo – O governo israelense reagiu de forma agressiva à defesa do presidente dos EUA, Barack Obama, […]

Barack Obama: sem políticas consistentes de paz no Oriente Médio (Foto: ©Reuters)

São Paulo – O governo israelense reagiu de forma agressiva à defesa do presidente dos EUA, Barack Obama, de adoção das fronteiras de 1967 para estabelecer um acordo de paz e um Estado Palestino. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu abriu, nesta sexta-feira (20), o que pode ser um dos mais profundos rachas entre Washington e a nação judaica.

Apesar das garantias de amizade feitas pelos dois líderes, os eventos desta semana também pareceram antecipar meses tensos na relação entre EUA-Israel, enquanto o mundo árabe passa por tumulto político e os palestinos preparam uma proposta unilateral para ser reconhecida como nação na Organização das Nações Unidas (ONU).

As fronteiras de 1967 preveem territórios separados para os palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, com acesso a Jerusalém Oriental. Todas as propostas israelenses de paz tratavam de territórios mais divididos e menores para o Estado árabe. Netanyahu afirmou que ao atender à demanda palestina, Israel ficaria “indefensável”.

“A paz baseada em ilusões vai bater de frente com as dificuldades da realidade do Oriente Médio”, reclamou Netanyahu a Obama, em reunião no Salão Oval da Casa Branca. Ele garante que Israel aceita fazer concessões para a paz, embora não as tenha enumerado.

Em processo eleitoral, Obama pode sofrer revéses caso mantenha um tom ríspido na política em relação a Israel. O primeiro-ministro israelense sabe disse e deixou claro que não pretende ceder para fazer avançar o estagnado processo de paz. Se esse cenário se confirmar, os termos do discurso de quinta-feira (19) podem ficar no papel.

Obama voltou a repetir, em entrevistas após o encontro desta sexta, a posição do dia anterior. “(Israel) tem de ser um Estado de Israel seguro, um estado judaico, mas continuamente seguro com um Estado Palestino completamente funcional e efetivo”, resumiu.

Com informações da Reuters