Terror

Governo russo prende suspeitos após ataque que matou mais de 100 pessoas na região de Moscou

Dos 11 presos, quatro estariam entre os que atacaram uma sala de espetáculos ontem à noite. Governo brasileiro repudia ação

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Em pronunciamento, presidente russo afirmou que o governo vai 'identificar e castigar' todos os envolvidos

São Paulo – O presidente da Rússia, Vladímir Putin, afirmou que o governo “identificará e castigará todos os que prepararam o ataque terrorista” à sala de espetáculos Crocus City Hall, em Krasnogorsk, nas imediações de Moscou. Pelo menos 115 pessoas morreram, mas as estimativas devem crescer. Foi o pior atentado sofrido pelo país em duas décadas.

O mandatário, recentemente reeleito, não apontou culpados, ainda que haja uma tentativa de relacionar o caso ao conflito com a Ucrânia, que já dura dois anos. O Estado Islâmico teria assumido a autoria do ataque de ontem (22) à noite. O serviço de segurança russo prendeu 11 suspeitos, e pelo menos quatro deles estariam entre os atacantes, de acordo com relato da agência russa Tass.

Segundo o governador da região de Moscou, Andrei Vorobyov, o número de mortos deverá aumentar “significativamente”. Os socorristas terão ainda “vários dias” de trabalho pela frente. Os responsáveis pelo atentado provocaram um incêndio e atiraram no público. A casa tem capacidade para aproximadamente 6 mil pessoas.

Governos em todo o mundo repudiaram o ataque, inclusive o brasileiro. Em nota, o Itamaraty disse ter recebido “com consternação” a notícia. “O Brasil manifesta sua solidariedade ao povo e ao governo da Rússia e reitera seu firme repúdio a todo e qualquer ato de terrorismo.” Ainda segundo o governo, não há informação sobre a presença de brasileiros entre as vítimas do ataque.