Espanha protesta contra plano de cortes de recursos na educação e na saúde
Espanhóis protestam em Valencia contra novas medidas de austeridade do governo: “não brinque com educação, saúde e serviços públicos”, diz a faixa (Foto: ©Heino Kalis/Reuters) Brasília ̶ Uma manifestação em […]
Publicado 29/04/2012 - 16h55
Espanhóis protestam em Valencia contra novas medidas de austeridade do governo: “não brinque com educação, saúde e serviços públicos”, diz a faixa (Foto: ©Heino Kalis/Reuters)
Brasília ̶ Uma manifestação em defesa da saúde e da educação juntou hoje (29), em Madri, mais de 40 mil pessoas, segundo os organizadores, ou cerca de 9 mil, segundo fontes policiais. A marcha pede que o governo não faça cortes de recursos nesses setores.
O protesto teve como lema “Com a Saúde e a Educação não se Brinca”. Ele incluiu manifestações em 55 cidades espanholas, organizadas pela Plataforma Social em Defesa do Estado Providência e dos Serviços Públicos, que reúne as duas principais centrais sindicais do país.
O governo espanhol adotou em 20 de abril um plano de austeridade para os setores da saúde e da educação e espera gerar 10 bilhões de euros de poupanças anuais, dos quais 7 bilhões, na saúde, e 3 bilhões, na educação.
A reforma do sistema de saúde implica que os reformados passem a pagar pelos seus medicamentos, até agora gratuitos, e que os imigrantes sem documentos vejam reduzido aos serviços de urgências e à pediatria o seu acesso gratuito à saúde.
Na educação, o governo quer, por exemplo, autorizar as regiões a aumentar em 50% o valor da inscrição na universidade.
Custo alto
O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, defendeu neste domingo sua agenda para fazer frente à profunda crise que vive o país. Ele anunciou que a cada sexta-feira o Conselho de Ministros deverá aprovar novas medidas, segundo acredita, “mais positivas, necessárias e obrigatórias do que nunca”,
“As reformas continuarão a cada sexta-feira… vamos continuar governando, fazer todo o necessário para sair daqui”, afirmou ele no encerramento do congresso de seu Partido Popular em Madri.
“Estamos trabalhando para inverter a situação. Vamos fazer, mas digo a vocês que vai custar… É uma agenda reformista convertida no ponto de partida da Espanha de amanhã.” Os protestos devem continuar.