Equador informa à OEA que ainda há risco de golpe de Estado no país

Brasília – A embaixadora do Equador na Organização dos Estados Americanos (OEA), María Isabel Salvador, alertou que a ameaça de golpe de Estado no seu país ainda não acabou. Segundo […]

Brasília – A embaixadora do Equador na Organização dos Estados Americanos (OEA), María Isabel Salvador, alertou que a ameaça de golpe de Estado no seu país ainda não acabou. Segundo ela, a crise política permanece. A diplomata apelou ainda que os líderes políticos da região fiquem vigilantes às ameaças de desestabilizar o governo. A advertência da embaixadora ocorreu nesta quarta-feira (6) à noite na sessão extraordinária convocada para analisar a onda de violência registrada no último dia 30.

As informações são da Agência Pública de Notícias do Equador e da América do Sul (Andes), ligada ao governo equatoriano. “Acho que não devemos relaxar e considerar que a crise acabou. Pelo contrário, agora mais do que nunca precisamos estar atentos a qualquer nova tentativa de desestabilização no Equador e na região”, disse a embaixadora.

No último dia 30, integrantes da Polícia Nacional se rebelaram e promoveram vários protestos em Quito e nas principais cidades do Equador. Os rebelados reivindicavam a revogação da proposta do presidente equatoriano, Rafael Correa, de acabar com as bonificações concedidas aos policiais e militares do país.

Porém, Correa e aliados afirmaram que as manifestações foram organizadas por setores da oposição que pretendem desestabilizar o país e levar a um golpe de Estado. Os episódios geraram reuniões dos presidentes da República e ministros das Relações Exteriores latino-americanos. Todos rechaçaram a hipótese de golpe e reafirmaram o apoio a Correa.

Na reunião da OEA, a embaixadora disse que há investigações da Polícia Nacional do Equador, que reúnem gravações de áudio, nas quais rebeldes confirmam a intenção de assassinar o presidente da República. “Há interessados em criar o caos, provocar confrontos e desestabilizar a democracia”, disse ela.

Para a diplomata, as ações do dia 30 não foram isoladas. “Não posso dizer que estes incidentes são isolados ou improvisados, mas outros estão disfarçados”, disse, lembrando que o presidente Correa teve de ser resgatado do hospital para onde foi levado depois de agredido pelos manifestantes.