Pária internacional

Em carta a Biden, 41 deputados democratas pedem revogação do visto de Jair Bolsonaro

Além da revogação do visto do ex-presidente brasileiro, os parlamentares dos EUA querem que Biden colabore com investigações sobre o envolvimento de Jair nos atos terroristas em Brasília neste domingo

Reprodução/Twitter
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Bolsonaro em lanchonete na Flórida/EUA: Democratas o querem fora

São Paulo – Em ofício enviado hoje (12) ao presidente Joe Biden, 41 deputados dos Estados Unidos pedem que o governo revogue o visto concedido ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). E também que colabore com investigações sobre o seu envolvimento nos atos terroristas em Brasília neste domingo (8).

Na carta, os parlamentares, do mesmo partido de Biden, afirmam que o governo americano deve apoiar a democracia e o estado democrático de direito no Brasil. “Além disso, não devemos permitir que o Sr. Bolsonaro ou qualquer outro ex-funcionário brasileiro se refugie nos Estados Unidos para escapar da Justiça por quaisquer crimes que possam ter cometido durante o mandato”, diz trecho da carta.

A iniciativa foi liderada pelo deputado Gregory Meeks, ex-presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, juntamente com os também deputados Joaquin Castro, Ruben Gallego, Chuy Garcia e Susan Wild.

Segundo a agência Reuters, até o fechamento desta matéria, funcionários do Departamento de Estado e da Casa Branca ainda não tinham se manifestado publicamente sobre a carta dos parlamentares a Biden.

Bolsonaro na Florida

O ex-presidente Bolsonaro viajou para os Estados Unidos em 30 de dezembro, sem nem mesmo concluir seu mandato. Ele está hospedado em uma mansão do lutador brasileiro José Aldo, no estado da Florida. No domingo (8) milhares de seus apoiadores saquearam o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal e o palácio presidencial, pedindo um golpe militar para derrubar o governo democraticamente eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No entanto, o secretário de Estado, Antony Blinken, havia dito nesta quarta-feira (11) que Washington não recebeu nenhum pedido específico do Brasil sobre Bolsonaro. Já o ex-presidente disse, por meio das redes sociais, que voltaria ao Brasil mais cedo do que o planejado, alegando motivos médicos. E negou ter incitado seus apoiadores aos atos de terrorismo em Brasília, afirmando que teriam “passado dos limites”.

Biden juntou-se a outros líderes mundiais na condenação da violência de domingo no Brasil.

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Redação: Cida de Oliveira (Com Reuters)


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