sem anistia

Na OEA, governo Lula assegura solidez da democracia e responsabilização dos criminosos

Embaixador do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA), Otavio Brandelli, participou de reunião extraordinária do orgão para discutira escalada da exrema direita no país e seus impactos nos países americanos

Marcelo Camargo / ABr
Marcelo Camargo / ABr
Na tarde do domingo, 8 de janeiro, apoiadores de Jair Bolsonaro destruíram parte do Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal

São Paulo – O governo brasileiro afirmou nesta quarta-feira (11) na Organização dos Estados Americanos (OEA) que a democracia está consolidada no país. E que não haverá anistia para aqueles que cometeram crimes contra o Estado democrático de direito. “A democracia brasileira acabou de dar uma demonstração de solidez e eficácia de seus mecanismos de proteção, graças à atuação firme e coesa dos três Poderes”, disse o embaixador do Brasil no órgão, Otavio Brandelli.

O diplomata participou de reunião extraordinária do Conselho Permanente da OEA, em Washington (EUA), para discutir os atos de terrorismo bolsonarista no domingo (8), em Brasília. Os bolsonaristas destruíram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

O embaixador brasileiro na OEA afirmou também que o Brasil não concederá anistia e tampouco impunidade. Os responsáveis serão “identificados e tratados com o rigor da lei, dentro do devido processo legal”. “O Estado dará respostas à altura da gravidade dos atos cometidos. Sob a égide dos preceitos da Constituição de 1988, o Brasil registra o mais longo período de convivência democrática em sua história republicana”, disse.

Escalada do terrorismo de extrema direita

A sessão atendeu a um requerimento assinado por Antígua e Barbuda, Canadá, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Honduras, Panamá e Uruguai. Esses países-membros estão preocupados com a escalada do terrorismo promovido pela extrema direita e seus impactos na região. Mesmo nos Estados Unido há o temor de que os atos de Brasília estimulem extremistas.

A representação diplomática da Colômbia alertou para condutas que tentam desestabilizar politicamente as Américas. E as limitações que muitos países têm para lidar com investidas contra a democracia. E a de Honduras chamou atenção para a violência. Afinal, um golpe de estado não termina no dia dos atos. A ele se seguem assassinatos e ameaças.

Países falam em blindar governo Lula

O embaixador brasileiro Otávio Brandelli afirmou ainda que o pais está comprometido em combater os atos democráticos no Brasil e em todo o continente. “O Brasil tem um compromisso inabalável com a democracia e rechaça qualquer forma de extremismo antidemocrática e violência política”, disse, marcando a volta do país à diplomacia internacional.

Assim como os demais presentes à reunião, o secretário-geral da OEA, o advogado uruguaio Luis Almagro, condenou os ataques bolsonaristas aos Três Poderes. Almagro chamou de “fascista e golpista” a invasão dos prédios públicos.

A delegação de Honduras chegou a pedir que os chefes de estado visitem ao Brasil, se necessário, para blindar o governo Lula de um eventual golpe. E a representação da Casa Branca mostrou que apoia o Brasil em sua busca para “proteger as instituições e encontrar os responsáveis”.

(Com UOL)


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