Egito escolhe novo chanceler para substituir aliado de Mubarak

Brasília – O Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito escolheu neste domingo (6) o novo ministro das Relações Exteriores do país. Nabil Al Arabi assume a função depois de […]

Brasília – O Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito escolheu neste domingo (6) o novo ministro das Relações Exteriores do país. Nabil Al Arabi assume a função depois de quase um mês que o ex-presidente Hosni Mubarak deixou o poder e o grupo de militares assumiu o comando egípcio, instituindo um governo provisório. As informações são da agência Lusa.

Arabi assume com ordens para iniciar um processo de remodelação governamental. O conselho demitiu, na semana passada, o primeiro-ministro Ahmad Shafiq, substituindo-o por Essam Sharaf. Sharaf é bem avaliado pelo governo provisório e conta com a simpatia dos jovens egípcios.

A partir da nomeação de Sharaf passaram a ser feitas alterações na composição do governo. Arabi substitui Mohamed Abul Gheit, que era próximo de Mubarak. Na semana passada também foi anunciado o nome do novo ministro do Interior, Mansour Al Issaoui.

O ministro da Cultura do Egito, arqueólogo Zahi Hawass – que alertou para as pilhagens dos sítios arqueológicos egípcios durante a revolução – anunciou que vai deixar o atual governo. Ainda não foi definido seu sucessor.

Bahrein

Partidários da oposição xiita no Bahrein promoveram também neste domingo mais um dia de protesto. Desta vez, os manifestantes se concentraram em frente ao edifício onde funciona o gabinete do primeiro-ministro no Bahrein, xeque Khalifa bin Salman Al Khalifa, tio do rei do país Hamad bin Issa Al Khalifa – que há 40 anos ocupa a função. Os manifestantes querem que ele renuncie ao cargo.

A manifestação ocorreu no momento em que o primeiro-ministro comandava uma reunião semanal de ministros. No protesto, os manifestantes cercaram a entrada do escritório e gritavam slogans pedindo a realização de eleições.

Os grupos xiitas da oposição do Bahrein querem uma monarquia constitucional, enquanto alguns manifestantes acampados na capital do Pearl Square defendem que a monarquia sunita seja completamente afastada do poder.

A maioria xiita do Bahrein se queixa de discriminação e perseguição política e agora está exigindo o fim daquele poder, que acusam ser o responsável pela corrupção e repressão moral no país.