Ataque israelense é condenado por Conselho de Direitos Humanos

Estados Unidos, Itália e Holanda foram únicos países contrários à resolução

Nova York – O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou decisão de enviar uma missão independente para investigar violações de leis internacionais resultantes do incidente; resolução foi aprovada com 32 votos a favor, nove abstenções e três contra.

O Conselho adoptou nesta quarta-feira (2) uma resolução sobre o ataque israelita a navios que seguiam com ajuda humanitária para Gaza no início da semana.

 

O órgão condenou a acção das forças de Israel, que resultou em pelo menos 10 mortes, e anunciou a decisão de enviar uma missão independente para investigar violações de leis internacionais resultantes do incidente.

A resolução foi aprovada com 32 votos a favor, nove abstenções e três contra, incluindo Estados Unidos, Itália e Holanda.

O órgão também pediu para os israelitas cooperarem com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha com informação sobre o paradeiro e condições dos detidos e feridos, e exigiu que Israel liberte todos os presos e equipamentos e facilite o retorno seguro dessas pessoas.

O Conselho de Direitos Humanos pediu ainda o fim imediato do bloqueio na Faixa de Gaza e nos territórios ocupados e a garantia da livre entrada de assistência humanitária, como alimentos, combustível e medicamentos.

A embaixadora da Missão do Brasil junto às Nações Unidas, Maria Luiza Ribeiro Viotti, falou à Rádio ONU, de Nova Iorque, antes da votação, sobre a importância da sessão especial do Conselho de Direitos Humanos sobre o ataque israelita.

Bloqueio

“É muito importante sobretudo em função da situação humanitária em Gaza, que é muito grave. É preciso que exista cada vez mais a consciência de que esse bloqueio precisa terminar e é preciso que se garanta o livre fluxo de bens e pessoas em Gaza”, afirmou.

O representante permanente de Israel junto ao sistema das Nações Unidas, em Genebra, Aharon Leshno Yaar, disse esta quarta-feira que o acesso sem restrições a Gaza iria comprometer a capacidade do seu país para proteger cidadãos dos mesmos ataques realizados no passado.

Fonte: Rádio ONU