Ataque israelense é condenado por Conselho de Direitos Humanos
Estados Unidos, Itália e Holanda foram únicos países contrários à resolução
Publicado 02/06/2010 - 16h03
Nova York – O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou decisão de enviar uma missão independente para investigar violações de leis internacionais resultantes do incidente; resolução foi aprovada com 32 votos a favor, nove abstenções e três contra.
O Conselho adoptou nesta quarta-feira (2) uma resolução sobre o ataque israelita a navios que seguiam com ajuda humanitária para Gaza no início da semana.
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O órgão condenou a acção das forças de Israel, que resultou em pelo menos 10 mortes, e anunciou a decisão de enviar uma missão independente para investigar violações de leis internacionais resultantes do incidente.
A resolução foi aprovada com 32 votos a favor, nove abstenções e três contra, incluindo Estados Unidos, Itália e Holanda.
O órgão também pediu para os israelitas cooperarem com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha com informação sobre o paradeiro e condições dos detidos e feridos, e exigiu que Israel liberte todos os presos e equipamentos e facilite o retorno seguro dessas pessoas.
O Conselho de Direitos Humanos pediu ainda o fim imediato do bloqueio na Faixa de Gaza e nos territórios ocupados e a garantia da livre entrada de assistência humanitária, como alimentos, combustível e medicamentos.
A embaixadora da Missão do Brasil junto às Nações Unidas, Maria Luiza Ribeiro Viotti, falou à Rádio ONU, de Nova Iorque, antes da votação, sobre a importância da sessão especial do Conselho de Direitos Humanos sobre o ataque israelita.
Bloqueio
“É muito importante sobretudo em função da situação humanitária em Gaza, que é muito grave. É preciso que exista cada vez mais a consciência de que esse bloqueio precisa terminar e é preciso que se garanta o livre fluxo de bens e pessoas em Gaza”, afirmou.
O representante permanente de Israel junto ao sistema das Nações Unidas, em Genebra, Aharon Leshno Yaar, disse esta quarta-feira que o acesso sem restrições a Gaza iria comprometer a capacidade do seu país para proteger cidadãos dos mesmos ataques realizados no passado.
Fonte: Rádio ONU