Após destituição de Lugo, Paraguai pode ser suspenso também do Parlasul

Muros pichados e povo nas ruas em Assunção: destituição do presidente Lugo provoca reações populares e diplomáticas (Marcello Casal Jr/ABr) Brasília – O presidente da Comissão Conjunta do Mercosul, senador […]

Muros pichados e povo nas ruas em Assunção: destituição do presidente Lugo provoca reações populares e diplomáticas (Marcello Casal Jr/ABr)

Brasília – O presidente da Comissão Conjunta do Mercosul, senador Roberto Requião (PMDB-PR), quer a suspensão do Paraguai no Parlasul, Parlamento representado por deputados e senadores do Uruguai, Paraguai, Brasil e Argentina. Na reunião da comissão brasileira, amanhã (26), às 14h30, o senador colocará em debate oimpeachment do ex-presidente Fernando Lugo e oficializará essa proposta.

Ontem (24), o país foi suspenso do Mercosul, bloco formado pelos mesmos países do Parlasul. Para Requião, o impeachment de Lugo, aprovado pelo Congresso, é uma demonstração evidente de ruptura do Estado Democrático de Direito, cláusula fundamental imposta pelo Acordo de Adesão ao Mercosul.

Roberto Requião destacou que os liberais não governam o Paraguai há 72 anos e o impeachment de Fernando Lugo abriu espaço para a retomada do poder com a posse do vice-presidente e representante do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), Federico Franco.

“Isso vem de tempo. O que aconteceu não foi tão extraordinário”, disse Requião à Agência Brasil. Na opinião do Parlamentar brasileiro, o partido do então vice-presidente já preparava um golpe de Estado e só esperou o momento certo para ter um pretexto.

A comissão conjunta brasileira delibera semanalmente, no Senado, propostas para serem levadas às reuniões do Parlasul. No dia 2 de julho, está agendado um encontro do parlamento, em Montevidéu, sede do Parlasul. Para concretizar sua defesa, Requião terá que contar com o apoio unânime dos integrantes da comissão.