Amorim diz que espera “resposta positiva” do Conselho de Segurança sobre acordo nuclear do Irã

Reação de Hillary Clinton a acordo foi “não vi e não gostei”, segundo Amorim (Foto: José Cruz/Agência Brasil) Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta terça-feira […]

Reação de Hillary Clinton a acordo foi “não vi e não gostei”, segundo Amorim (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta terça-feira (1º) no Senado que ainda tem esperanças de que o Conselho de Segurança das Nações Unidas possa dar “uma resposta positiva” sobre o acordo tripartite fechado entre Brasil, Turquia e Irã a respeito de combustível nuclear.

Segundo o ministro, que falou sobre o acordo na Comissão de Relações Exteriores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda deverá tratar do assunto na próxima reunião do G20, nos dias 26 e 27 deste mês, em Toronto, no Canadá.

“Seguramente o presidente Lula terá oportunidade de tratar do tema (na reunião). Eu espero que nenhuma ação precipitada seja tomada até lá”, afirmou Amorim.

 

Ele citou ainda o artigo de um jornalista norte-americano ao dizer que os Estados Unidos “mudaram as traves de lugar” ao reclamar do acordo fazendo novas exigências. “A secretária (de estado norte-americano, Hilary Clinton) foi uma das primeiras pessoas para quem eu liguei ao sair de Teerã. E a reação dela me pareceu um pouco ‘não vi e não gostei’ do acordo. Isso porque o acordo não teria atingido objetivos aos quais ele não se propôs a atingir”, completou o ministro.

Amorim falou ainda sobre a ação de Israel na segunda-feira (31), que atacou uma frota de navios que levavam ajuda humanitária a Gaza. Ele disse que a brasileira Iara Lee, que estava em um dos navios e está presa em Israel, falou hoje com um representante diplomático brasileiro. Segundo Amorim, ela teria dito que não foi libertada ainda porque as autoridades israelenses exigem que ela assine uma carta reconhecendo que teria entrado ilegalmente em Israel. “É claro que isso não faz nenhum sentido, porque ela foi presa em águas internacionais”, afirmou o ministro.

“Existe uma declaração do conselho de segurança da ONU orientando que pessoas presas nessas circunstâncias sejam libertadas imediatamente e é isso que nós esperamos que seja feito”, completou o ministro.

Fonte: Agência Brasil