Amorim deixa encontro com Ahmadinejad otimista sobre acordo para evitar sanções
Amorim discute como evitar sanções ao Irã e pede garantias de que programa nuclear tem fins pacíficos (Foto: Valter Campanatto/Agência Brasil) Brasília – Depois de uma reunião com o presidente […]
Publicado 27/04/2010 - 16h10
Amorim discute como evitar sanções ao Irã e pede garantias de que programa nuclear tem fins pacíficos (Foto: Valter Campanatto/Agência Brasil)
Brasília – Depois de uma reunião com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, nesta terça-feira (27) o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse ter encerrado sua missão de forma “mais otimista”. Por meio de assessores, o chanceler afirmou que as conversas políticas que manteve em Teerã não foram definitivas. Desde segunda-feira (26) na capital iraniana, Amorim busca um acordo em para evitar punições ao governo Ahmadinejad em decorrência de suspeitas sobre o programa nuclear.
“As conversas em Teerã foram profundas e complexas, mas não definitivas. Saio daqui (do Irã) mais otimista”, afirmou Amorim, antes de embarcar para retornar ao Brasil, de acordo com informações de assessores.
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Amorim defendeu que o governo Ahmadinejad apresente garantias à comunidade internacional que seu programa nuclear tem fins pacíficos e não há elementos que justifiquem as suspeitas de produção de armamentos.
“Todas as nações, incluindo o Irã, têm o direito de fazer uso pacífico da energia nuclear”, afirmou Amorim, depois de uma série de reuniões políticas na capital do Irã. De acordo com ele, eventuais sanções contra o Irã ameaçam a sociedade iraniana como um todo. “Não há resultado positivo algum nisso (na imposição de sanções).”
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã, Manouchehr Mottaki, disse hoje que iranianos e brasileiros são “dois grandes jogadores internacionais que podem desempenhar um papel fundamental no estabelecimento da paz e da segurança internacionais”.
Amorim chegou na segunda a Teerã para uma visita de dois dias. Ele foi enviado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também orientou sua visita a Moscou (Rússia) e Istambul (Turquia). O objetivo é traçar uma estratégia em busca de negociações com eventuais parceiros para que o Irã não seja submetido a sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Lula irá para o Irã no dia 15 e ficará no país até o dia 17.
A pressão para aprovar sanções contra o Irã no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) é liderada pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Para os norte-americanos, o programa nuclear do Irã mantém de forma secreta a fabricação de armas atômicas. O presidente Ahmadinejad nega as suspeitas.
Fonte: Agência Brasil