94% apurado

Eleição no Peru: esquerda amplia vantagem e Keiko Fujimori está em 2º

Liderança do professorado, Pedro Castillo alcança 19% e supera expectativas apontadas por pesquisas. Filha do ex-ditador Fujimori abre vantagem em segundo

ONPE/Divulgação
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Segundo turno das eleições presidenciais do Peru será realizado em 6 de junho

São Paulo – Com 94% dos votos apurados na eleição presidencial no Peru, o professor Pedro Castillo, candidato do bloco de esquerda Peru Libre, consolida a liderança com 19%. Castillo, que já está garantido no segundo turno, espera a definição de seu adversário. A filha do ex-ditador Alberto Fujimori, Keiko Fujimori, do Força Popular, assumiu o segundo lugar com 13,3%. Mas ainda pode ser matematicamente alcançada por pelo milionário de extrema-direita Rafael López Aliaga, da Renovação Popular, ligado à Opus Dei, que tem 11,70%. Ou, ainda, pelo economista de direita Hernando de Soto, da Avança País, com 11,7%. A curva de Keiko, entretanto, está em alta, enquanto a de seus possíveis aliado de segundo turno, em baixa.

A soma de votos do campo conservador pode trazer complicações para Pedro Castillo na disputa do segundo turno, prevista para ocorrer em 6 de junho. Mas o fato de sua candidatura ter crescido nos últimos dias que antecederam ao pleito indica que ele ainda tem potencial de crescimento. No domingo (11), dia do primeiro turno, para se ter ideia, as pesquisas apontavam 12% de preferências para o professor de ensino básico que se tornou conhecido ao liderar movimentos de sua categoria, há quatro anos. O campo da esquerda tem também a candidata Verónika Mendoza, do Juntos pelo Peru, em sexto lugar na apuração com 7,8%.


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O Peru tem 25,2 milhões de eleitores, e o voto é obrigatório. De acordo com Escritório Nacional de Processos Eleitorais (Onpe, na sigla em espanhol), o comparecimento às urnas está em 73,6%. Além de presidente da República, a eleição no Peru escolhe 130 integrantes do Congresso unicameral (não há Senado), cinco do Parlamento Andino, o bloco que, após saída de Chile e Venezuela, reúne Peru, Bolívia, Equador e Colômbia. Os eleitos tomarão posse em julho para um mandato de cinco anos.

Com informações do Diario Correo