Brasília – O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) faz hoje (10) uma reunião de emergência sobre a escalada de violência entre Israel e o movimento Hamas, anunciou a presidência da entidade. Pelo menos 76 palestinos morreram e outros 500 ficaram feridos nos últimos 3 dias, na Faixa de Gaza, desde o início da ofensiva militar israelense – Limite Protetor.

Fechado, o encontro contará com a presença do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que vai  apresentar as informações mais recentes sobre a situação do conflito. Em seguida, ocorrerão consultas entre os membros do conselho. O encontro foi marcado a pedido de enviados árabes à região.

A reunião do Conselho de Segurança da ONU também tinha sido reclamada pelos palestinos e pelos países árabes, além do próprio secretário-geral, Ban Ki-moon. “Gaza está sobre o fio da navalha”, advertiu o secretário, alertando para os riscos de a situação “escapar a qualquer controle”, depois de já ter provocado mais de 50 mortos.

Em 48 horas, desde a intensificação da Operação Limite Protetor, Israel atacou, somente na madrugada desta quinta-feira (10), 108 novos alvos. Caças-bombardeiros e embarcações de guerra das Forças Armadas israelenses continuaram pela terceira noite consecutiva com os bombardeios no território palestino, segundo as testemunhas.

O Exército israelense recebeu ordens de Tel Aviv para atacar 160 novos alvos em Gaza para evitar o lançamento de foguetes por parte do movimento islamita Hamas e debilitar o grupo. Esses ataques causaram seis mortes.

Ban Ki-moon informou que manteve contato com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, dirigentes egípcios, sauditas e catarenses. Ele disse ainda que pediu a Netanyahu a “máxima contenção” e denunciou “as crescentes perdas civis em Gaza”.

Ruanda preside o Conselho da ONU durante o mês de julho.

Ataques

O Exército israelense recebeu ordens de Tel Aviv para atacar 160 novos alvos em Gaza para evitar o lançamento de foguetes por parte do movimento islamita Hamas e debilitar o grupo. Esses ataques causaram seis mortes.

Cinco membros das brigadas Ezedin Al Kasem morreram por causa do bombardeio das forças israelenses, quando tentavam entrar no território israelense pelo mar. Israel iniciou a operação com o argumento de eliminar a milícia do Hamas por lançar foguetes contra o sul e norte de Tel Aviv, onde, no entanto, até agora não se constatou vítimas.

Nesta quarta-feira (9), a cadeia televisiva palestina Annur TV exibiu um vídeo de dois minutos no qual rechaça o ataque de Israel contra a Faixa de Gaza. Intitulado O Mundo Diz: Basta!, o vídeo reúne imagens de diversas manifestações internacionais para condenar a violência de Israel contra o povo palestino.