Brasileira completa um mês em prisão russa sem direito a fiança

Ativista do Greenpeace foi presa durante ataque do grupo a uma plataforma de petróleo no mar Ártico

marcelo camargo/abr

Familiares de Ana Paula pedem sua libertação durante ato em São Paulo há duas semanas

São Paulo – A ativista brasileira do Greenpeace detida e acusada de pirataria na Rússia, Ana Paula Maciel, completou ontem (19) um mês na prisão, onde pediu o direito de fiança, que continua em suspenso após o adiamento da audiência de última quinta-feira.

A bióloga do Rio Grande do Sul foi detida em 19 de setembro com outros 27 ativistas e dois jornalistas na embarcação do Greenpeace, Arctic Sunrise, após um protesto contra uma plataforma da empresa russa Gazprom no Ártico, onde a estatal prospecta petróleo.

No dia anterior, quando começou o protesto, houve as primeiras detenções, a de dois “escaladores” que estavam já acorrentados à estrutura da plataforma. No dia 19, o protesto continuou e as forças armadas russas capturaram os outros ativistas.

“Ela sabe que o que a Rússia tenta é pressionar os ativistas para que deixem de protestar no país”, disse Telma Maciel, irmã de Ana Paula, em entrevista à Agência Efe, afirmando que a gaúcha “não deixará de ser ativista” porque é de “sua natureza”

Telma deu essas declarações antes da audiência programada para quinta-feira passada, suspensa por falta de tradutor – argumento que a família de Ana Paula não considerou suficiente.