Conselho de Direitos Humanos exclui Honduras

Adotada por aclamação, o documento pede a restauração do presidente eleito José Manuel Zelaya

Decisão foi tomada após dois dias de deliberações durante as quais vários integrantes do órgão questionaram a representatividade do embaixador do país; vários países latino-americanos defenderam que ele representa o regime ilegal formado após o afastamento do presidente Manuel Zelaya.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU decidiu excluir Honduras da sua última sessão de trabalhos, que teve início na segunda-feira (14), em Genebra, na Suíça.

A decisão foi tomada após dois dias de deliberações, quando vários integrantes do órgão questionaram a representatividade do chefe do país.

Regime Ilegal

Países latino-americanos membros do Conselho, liderado pelo Brasil e Argentina, defenderam que o embaixador hondurenho representa o regime ilegal formado após o afastamento do presidente Manuel Zelaya.

O presidente do Conselho de Direitos Humanos, Alex Van Meeuwen, disse que a decisão de excluir o enviado de Honduras está em sintonia com a resolução aprovada pela Assembleia Geral da ONU, em finais de junho.

Adotada por aclamação, o documento pedia a restauração do presidente eleito José Manuel Zelaya e apelava aos Estados membros para não reconhecerem o governo liderado por Roberto Micheletti

Alex Van Meeuwen disse que a decisão de excluir o representante hondurenho tinha o consenso do órgão.

Observador

O país da América Central tem atualmente o estatuto de observador junto do Conselho, sem direito de voto em questões analisadas pela entidade.

O presidente Zelaya foi deposto pelos militares em 28 de junho. O golpe foi condenado pela ONU, pela Organização dos Estados Americanos, OEA, e por vários países, incluindo os Estados Unidos.

Fonte: Rádio ONU