São Paulo – Em entrevista coletiva após a eliminação do Brasil da Copa do Mundo, o técnico Tite confirmou nesta sexta-feira (9) que não vai mais comandar a Seleção Brasileira. Ele já havia declarado que deixaria o cargo, mesmo que conquistasse o hexacampeonato mundial no Catar. “Fim de um ciclo. Eu já havia colocado isso há mais de um ano e meio, e não sou um cara de duas palavras.”

Tite esteve à frente do comando técnico da Seleção Brasileira desde 2016. Ele assumiu no lugar de Dunga, que não conseguia recuperar o futebol da equipe que havia sido humilhada dois anos antes, ao ser goleada pela Alemanha (7 x 1) pelas semifinais da Copa do Brasil.

Tite levou o time à classificação então ameaçada para a Copa de 2018 (na Rússia), conquistou a Copa América em 2019 e, em 2021, o ouro olímpico nos Jogos de Tóquio. Ele encerra sua história na Seleção com 81 jogos, sendo 60 vitórias, 15 empates e apenas 6 derrotas – aproveitamento de 80,2%. Foram 174 gols marcados e 30 sofridos sob seu comando.

Por outro lado, pesam contra seu trabalho a derrota para os argentinos na Copa América de 2020 (disputada em 2021 no Brasil) e as duas derrotas nas quartas de final das copas que disputou. Em 2018 para a Bélgica e hoje, para a Croácia.

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Em sua despedida, Tite disse que todo o time foi responsável por mais um fracasso no mundial de seleções e que teria mantido a determinação de demitir-se mesmo que tivesse conquistado a Copa do Catar. “Não estava jogando para ganhar e depois fazer drama para ficar. Quem me conhece sabe”, declarou o agora ex-treinador.

Com a derrota de hoje, o Brasil volta a ficar por cinco copas seguidas sem troféu. Repete com isso o que ocorreu em 1994, quando conquistou o tetracampeonato. Na ocasião, com o último título em 1970, o Brasil ficou sem levantar a taça em 1974, 1978, 1982, 1986 e 1990. Agora passou em branco nos torneios de 2006, 2010, 2014, 2018 e 2022.