Jogo baixo

Brigas entre torcedores no Rio: cartolas ameaçam fazer final da Libertadores sem público

“Vai depender dos torcedores”, disse o presidente da CBF. Decisão está marcada para amanhã, no Maracanã, entre Fluminense e Boca Juniors

Rafael Ribeiro/CBF
Rafael Ribeiro/CBF
Palco da decisão de amanhã estará super lotado ou com portões fechados?

São Paulo – A violência constante e as brigas que vêm ocorrendo inclusive na orla carioca fizeram os dirigentes do futebol ameaçarem uma medida drástica: realizar a decisão da Libertadores da América, amanhã (4), com os portões do Maracanã fechados, o que seria um vexame internacional. “Vai depender dos torcedores”, afirmou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues.

A Libertadores é o principal torneio sul-americano interclubes. A final deste ano, marcada para as 17h, reunirá os brasileiros do Fluminense e os argentinos do Boca Juniors. Os cartolas do continente decidiram imitar o modelo europeu de realizar apenas um jogo decisivo. Antes, eram duas partidas, com mando dos clubes finalistas.

“Reunião pela paz”

Assim, em março, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou que a Libertadores seria decidida no Maracanã e a Sul-Americana, no Uruguai. No último sábado (28), LDU e Fortaleza se enfrentaram no estádio Domingo Burgueño, em Maldonado (Uruguai), e os equatorianos venceram nos pênaltis.

Após vários registros de brigas, a Conmebol convocou uma reunião incluindo CBF, AFA (a federação argentina), Fluminense e Boca. “Foi uma reunião para pregar paz. Futebol é alegria. Aqueles que estão sem esse propósito é melhor não ir para o jogo. Assista pela TV. Vamos com os espíritos desarmados de qualquer tipo de violência e que possa conviver bem as duas torcidas”, disse Ednaldo, segundo o portal g1. “A partir de agora, os torcedores têm que se unir em torno do paz porque a segurança está acima de tudo. Se por acaso não tiver essa paz, é lógico que pode ter a possibilidade de ser sem público.”

Briga em Copacabana

Ontem (2), por exemplo, foram registrados conflitos em vários pontos da praia de Copacabana, na zona sul do Rio. Um torcedor do Boca foi detido.

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O jogo de amanhã será transmitido para mais de 150 países. São esperados os presidentes da Federação Internacional de Futebol, Gianni Infantino, e da Uefa (federação europeia), Aleksander Čeferin. Se houver empate nos 90 minutos regulamentares, haverá prorrogação. Persistindo a igualdade, a decisão irá para os pênaltis.