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Contra fechamento de escolas por Alckmin, alunos e pais protestam com ocupações

Comunidade reivindica a manutenção do ensino noturno na E.E. Diadema – que já abrigou centro de formação de professores. Escola no bairro de Pinheiros também foi ocupada

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Na E.E. Diadema, professores, pais e alunos protestam contra fechamento de período noturno

São Paulo – Alunos, pais e professores ocupam, desde a noite de ontem (9), a Escola Estadual Diadema, no centro de Diadema, no ABC paulista. Eles são contra o fechamento do curso noturno da escola, que já abrigou um Centro Específico de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério (Cefam).

A ocupação começou logo que terminou a última aula da noite. Em solidariedade, alguns professores aderiram à manifestação. De acordo com Antonio Jovem, coordenador da subsede Diadema do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), logo no início da ocupação a Polícia Militar foi ao local.

Após passar toda a madrugada na escola em um grupo de cerca de 40 pessoas, Antonio conta que, a pedido da Diretoria Regional de Ensino, hoje (10) pela manhã a PM retornou, com quatro viaturas, para dissuadir os manifestantes a permanecer na escola. Contudo, segundo ele, cresce o apoio por parte dos pais e alunos.

A escola não consta na lista de fechamento apresentada pela Secretaria Estadual de Educação, mas deixará de atender no período noturno, prejudicando os alunos que necessitam trabalhar.

Para o presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes), Marcos Kauê, iniciativas como essa não surpreendem e devem se repetir. “Estavam todos avisando que, se fechar, iriam ocupar.” Segundo ele, as diretorias têm compactuado com os planos da Secretaria Estadual e, por conta disso, ações mais incisivas deverão acontecer. Kauê confirmou que alunos também a E.E. Fernão Dias Paes, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.

Hoje, a Apeoesp e movimentos sociais farão novo protesto que deve contar com a participação de professores, estudantes e familiares, contra a chamada reorganização escolar e o fechamento de centenas de escolas em São Paulo, e também por moradia popular. A atividade começa às 12h, com assembleia dos professores, no estádio do Morumbi. De lá, seguem em marcha até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.