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Apoio ao movimento contra reorganização escolar em SP vem de todo o país

Uberlândia (MG), Passo Fundo (RS) e Rio de Janeiro são algumas das localidades que enviaram apoio. Até do Curdistão chegou manifestação

reprodução/nãofechemminhaescola/facebook

São Paulo – O movimento de ocupações de escolas, que teve início no último dia 9, contra a reorganização do ensino proposta pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), já chegou a 83 unidades, e o número cresce continuamente por conta da intransigência do estado. A proposta tucana é de separar os estudantes por ciclos e fechar 93 escolas, afetando a rotina de pelo menos 311 mil alunos.

À medida que as ocupações aumentam em todo o estado, os alunos começam a receber apoio de várias partes do país e até mesmo do exterior. Na página Não Fechem Minha Escola, no Facebook, os organizadores postam vídeos e fotos de apoios e também da rotina das ocupações, bem como da atuação da polícia, violenta em alguns casos.

RBA
Foto postada na página Não Fechem Minha Escola no facebook, enviada do Curdistão

Curdistão, Uberlândia (MG), Passo Fundo (RS) e Rio de Janeiro são algumas das localidades que enviaram apoio.

Os vídeos postados têm milhares de acessos, como o enviado pelos alunos da Escola Estadual José Lopez Leite, do Rio de Janeiro, em que ressaltam que o bem “público” é de cada um, é de todo mundo. Enumeram as perdas para a comunidade quando uma escola é fechada: “A gente perde história, relações, momentos, estrutura, amigos, amores, conhecimento, beijo na boca, o agora, o futuro, a chance de poder se deslocar”. Os alunos aproveitam e mandam um aviso: “Se fecharem a nossa escola, a gente ocupa”.

Concilia?

Na segunda-feira (23), haverá nova audiência de conciliação entre o governo do estado e os representantes dos estudantes no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Na primeira tentativa, na quinta-feira (19), não houve acordo. Os alunos querem o cancelamento imediato da reorganização e a discussão das medidas durante todo o ano de 2016. O secretário da Educação, Herman Voorwald, não aceitou a proposta.