Apoio ao movimento contra reorganização escolar em SP vem de todo o país
Uberlândia (MG), Passo Fundo (RS) e Rio de Janeiro são algumas das localidades que enviaram apoio. Até do Curdistão chegou manifestação
Publicado 21/11/2015 - 11h44
São Paulo – O movimento de ocupações de escolas, que teve início no último dia 9, contra a reorganização do ensino proposta pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), já chegou a 83 unidades, e o número cresce continuamente por conta da intransigência do estado. A proposta tucana é de separar os estudantes por ciclos e fechar 93 escolas, afetando a rotina de pelo menos 311 mil alunos.
À medida que as ocupações aumentam em todo o estado, os alunos começam a receber apoio de várias partes do país e até mesmo do exterior. Na página Não Fechem Minha Escola, no Facebook, os organizadores postam vídeos e fotos de apoios e também da rotina das ocupações, bem como da atuação da polícia, violenta em alguns casos.
Curdistão, Uberlândia (MG), Passo Fundo (RS) e Rio de Janeiro são algumas das localidades que enviaram apoio.
Os vídeos postados têm milhares de acessos, como o enviado pelos alunos da Escola Estadual José Lopez Leite, do Rio de Janeiro, em que ressaltam que o bem “público” é de cada um, é de todo mundo. Enumeram as perdas para a comunidade quando uma escola é fechada: “A gente perde história, relações, momentos, estrutura, amigos, amores, conhecimento, beijo na boca, o agora, o futuro, a chance de poder se deslocar”. Os alunos aproveitam e mandam um aviso: “Se fecharem a nossa escola, a gente ocupa”.
Concilia?
Na segunda-feira (23), haverá nova audiência de conciliação entre o governo do estado e os representantes dos estudantes no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Na primeira tentativa, na quinta-feira (19), não houve acordo. Os alunos querem o cancelamento imediato da reorganização e a discussão das medidas durante todo o ano de 2016. O secretário da Educação, Herman Voorwald, não aceitou a proposta.