São Paulo – O mercado formal de trabalho eliminou 95.602 postos de trabalho em setembro, uma queda de 0,24% no estoque. Foi a sexta retração seguida, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (23) pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social. E é o pior resultado para setembro na série histórica, iniciada em 1992. No ano, são 657.761 vagas com carteira assinada fechadas (-1,6%). Em 12 meses, foram perdidos 1.238.628 empregos (-2,96%).

Todos os setores fecharam vagas no mês passado, com destaque para os serviços, que eliminou 33.535, e para a construção civil, que cortou 28.221 empregos com carteira. São 17.253 a menos no comércio e 10.915 na indústria de transformação.

O estoque de empregos soma agora 40.547.724. Segundo o ministério, é o terceiro maior para o mês na série histórica.

Dezenove unidades da federação tiveram redução no emprego formal em setembro. Os destaque foram São Paulo (menos 45.869) e Minas Gerais (menos 32.423). Entre as que abriram vagas, estão Pernambuco (15.248) e Alagoas (11.207).

De janeiro a setembro, a indústria corta 287.472 vagas formais (-3,5%) e o comércio, 238.482 (-2,53%). A maior queda, percentualmente, é da construção civil: -6,68%, o correspondente a 204.852 postos de trabalho eliminados. O setor de serviços tem retração de 0,19% (menos 32.550 empregos com carteira).

Dois setores registram alta: agricultura, com 106.459 vagas criadas no ano (alta de 6,88%), e administração pública, com 12.375 (1,38%).

Também no acumulado do ano, os salários médios reais de admissão tiveram queda de 1,26% em relação a igual período de 2014, caindo para R$ 1.268,27. O dos homens caiu 1,84%, enquanto o das mulheres ficou praticamente estável, com variação de 0,02%.