Inflação em São Paulo perde ritmo e tem menor taxa para outubro em cinco anos

Segundo o Dieese, o ICV também mostra ritmo menos intenso nos índices acumulados no ano e em 12 meses

São Paulo – O Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no município de São Paulo, diminuiu o ritmo em outubro, com alta de 0,31%, ante 0,69% no mês anterior. Foi a menor taxa para outubro desde 2006 (0,27%). Nos índices acumulados, o ICV também mostra desaceleração, atingindo 5,01% no ano (5,14% em igual período de 2010) e 6,79% em 12 meses (7,45% nos 12 meses imediatamente anteriores).

Segundo o Dieese, os grupos que mais contribuíram para o resultado de outubro foram Habitação (0,62%), Alimentação (0,33%), Saúde (0,34%) e Despesas Pessoais (0,35%). Somados, representaram 0,30 ponto percentual. Mesmo assim, alguns mostraram recuo significativo, casos de Alimentação, que havia registrado alta de 0,82% em setembro, e Saúde (1,72%). Transportes passou de 0,58% para 0,08%, enquanto Habitação foi de 0,56% para 0,62%.

Dos 10 grupos que compõem o ICV, ficaram acima da taxa acumulada no ano (5,01%) Transporte (7,64%), Saúde (6,82%) e Educação e Leitura (5,71%). Despesas Pessoais mostrou resultado próximo (5,1%), enquanto os demais ficaram abaixo do índice geral: Alimentação (4,45%), Habitação (4,15%), Vestuário (2,34%), Recreação (0,39%) e Equipamentos Domésticos (-2,23%).

Pelos resultados, a inflação cresce à medida que a renda aumenta: 4,45% no estrato 1, 4,61% no estrato 2 e 5,34% no 3. O mesmo se dá na inflação em 12 meses (6,79%), que soma 6,33%, 6,52% e 7,02%, respectivamente.