Especialistas comemoram aumento do emprego formal na economia

O presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese, disse que o resultado do Caged não é surpresa

Rio de Janeiro – O setor de serviços liderou as contratações registradas em agosto pelo Ministério do Trabalho em todo o país, de acordo com dados  do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (16). E no Rio de Janeiro não foi diferente. O estado respondeu por 7.309 novas vagas geradas no setor no mês.

O presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese, disse que  o resultado do Caged não é surpresa. O setor de serviços vem crescendo sempre mais do que os outros setores da economia, principalmente em relação à indústria, assinalou.

“Somos hoje o maior empregador do país. Representamos 67% do Produto Interno Bruto (PIB)”. Nese destacou que o setor de serviços é o que apresenta mais fácil adaptação diante de crises financeiras. “Ele é mais ágil na defesa das crises”. Segundo o presidente da CNS, os dados do Caged confirmam o avanço do setor de serviços na economia brasileira.

Ele afirmou que a tendência deve continuar seguindo o que ocorre nos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos e em Hong Kong, por exemplo, informou que o setor de serviços responde por 77% e 93% do PIB, respectivamente. “A tendência do mundo é que o setor de serviços se transforme no líder da economia. Não será uma surpresa se, no Brasil,  nos próximos anos, o setor de serviços  chegar a representar 70% a 71% do PIB”.

Também na indústria do Rio de Janeiro a sinalização é de recuperação do número de empregos. A criação de 2.673 postos de trabalho em agosto deste ano na indústria de transformação fluminense sinaliza para a retomada da atividade, após o auge da crise financeira internacional.

“Na verdade, é a continuação do que já vem ocorrendo no ano, analisou o economista Patrick Carvalho, chefe da Divisão de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). “O resultado confirma uma tendência que já estava em curso.”

Na área do comércio, o economista Christian Travassos, da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio/RJ), considerou  muito positiva a abertura de 4.693 postos de trabalho no estado em agosto. Salientou que essa foi a primeira vez   em que todos os setores analisados pelo Caged mostraram crescimento do emprego formal. “Isso não acontecia desde agosto do ano passado. É um dado bastante positivo e mostra que a gente vai deixando aos poucos a crise para trás”.

No setor de serviços, Travassos enfatizou que a variação positiva foi de 3,4% em 12 meses, ficando em 2,8% este ano. Segundo ele, isso mostra a pujança do mercado interno. “A maior parte são serviços do dia a dia da população, como restaurante, lavanderia. São setores  ligados ao mercado  interno que menos sofreram com a crise econômica”, apontou.

Fonte: Agência Brasil