De quinta a domingo

Jovens da Brasilândia e do Capão Redondo expõem na Avenida Paulista

Manifestação Cultural Jovens Urbanos reúne fotografia, grafite, moda, lambe-lambe, música e design

Fotografia no quintal, atividade dos jovens do Capão Redondo <span>(Divulgação)</span>A juventude expressada em desenhos para vestir <span>(Divulgação)</span>O muro banal de uma cena na zona sul... <span>(Divulgação)</span>...submetido a um choque de cor e criatividade... <span>(Divulgação)</span>...vira um jardim de grafite e revitaliza a cena <span>(Divulgação)</span>Na Brasilândia, zona norte, recriação de objetos sobre ex-pneus. Ali, as cores também são a cara do muro <span>(Divulgação)</span>

“Tem que acreditar que pode mudar/ Pra isso, você tem que se empenhar/ No objetivo focar pra que a mudança possa começar”, cantam os participantes das oficinas do Programa Jovens Urbanos, que apresentam seus trabalhos de amanhã (5) a domingo (8), no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista.

A mostra Manifestação Cultural Jovens Urbanos: A Poética Jovem dos Extremos Norte e Sul da Cidade reúne intervenções urbanas que representam a forma como esses adolescentes se relacionam com a cidade de São Paulo. O resultado são fotografias, lambe-lambes, designs de moda e de mobiliários, vídeos e músicas feitas por eles mesmos, sob orientação de 14 especialistas. A curadoria é do fotógrafo André Bueno, da especialista em juventude Celia Pecci e da artista plástica Tarsila Portella.

Um dos vídeos expostos apresenta o que seria a “alma” da exposição: a poética juvenil, ou seja, como os jovens, a partir de diferentes linguagens, conseguem reproduzir o olhar sobre si, sobre o território onde vivem e sobre a cidade.,

A mostra conta com aproximadamente 40 obras. “A exposição traz toda a produção elaborada pelos jovens do Capão Redondo e da Brasilândia. Nossa proposta é que os jovens aprendam esse saber tecnológico, mas também circulem pelos bairros da cidade para fazer as oficinas”, afirma Fernanda Andrade, técnica integrante do programa.

Essa é, aliás, uma das principais características do Programa Jovens Urbanos. “A partir da ideia de direito à cidade, fazemos com que todos os temas sejam trabalhados de forma que eles circulem. Para o jovem se conhecer, que ele conheça seu bairro, as diferentes potencialidades que estão colocadas na cidade, os equipamentos públicos que estão localizados no território dele, centros culturais, museus, universidades…”, enfatiza Fernanda. Segundo ela, muitos jovens que entram no programa não conhecem sequer o Parque do Ibirapuera e a Avenida Paulista. Um dos grafites expostos manda a mensagem direta de que a cidade é de todos: “Liberdade para andar com arte em todo lugar”.

O Jovens Urbanos é uma iniciativa da Fundação Itaú Social e tem coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). Atende 480 jovens por ano e está na oitava edição e tem objetivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável e o enfrentamento das desigualdades entre jovens de 16 a 21 anos que vivem em grandes centros urbanos –

O trabalho é feito em parceria com entidades que já atuam nas regiões onde o projeto é desenvolvido. “O programa é desenhado em rede e a gente acredita que as organizações têm um conhecimento muito mais aprofundado do território e da população que reside lá”, completa Fernanda.



Manifestação Cultural Jovens Urbanos: A Poética Jovem dos Extremos Norte e Sul da Cidade
Quando: 5 a 8 de dezembro, das 10h às 20h 
Onde: Conjunto Nacional – Avenida Paulista, 2073, térreo

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