SAPUCAÍ

Grupo Especial no Rio começa com seis desfiles

Império Serrano, Grande Rio, Mocidade Independente de Padre Miguel, Unidos da Tijuca, Salgueiro e Mangueira vão para a Marquês de Sapucaí no primeiro dos dois dias

Gustavo Domingues/RioTur
Gustavo Domingues/RioTur
Marquês de Sapucaí será palco de doze desfiles nos dois dias

Agência Brasil – O desfile no Rio de Janeiro do Grupo Especial do carnaval vai começar neste domingo (19) com seis escolas atravessando a Marquês de Sapucaí. Império Serrano abre a passarela às 22h, seguido pela Grande Rio, Mocidade Independende de Padre Miguel, Unidos da Tijuca, Salgueiro e Mangueira.

O Império Serrano abre o desfile no Rio de Janeiro com homenagem ao compositor e cantor Arlindo Cruz. Ele é autor de sambas famosos como Meu Lugar, onde exalta o bairro de Madureira, terra natal da escola. O carnavalesco Alex de Souza é o responsável pelo desenvolvimento da homenagem, que marca a volta do Império Serrano ao Grupo Especial após ter sido campeã da Série Ouro. “Conta a trajetória musical de como ele se transformou nesse grande compositor e intérprete”, explica.

Zeca Pagodinho

Escola de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a Grande Rio vai levar Zeca Pagodinho para a avenida. O sambista é famoso por promover churrascos em Xerém, bairro de Caxias. O repertório do cantor estará na passarela com versos em referência a hinos como Deixa a Vida me Levar e Quando a Gira Girou.

A cerveja, marca dos shows de Zeca Pagodinho, não vai ficar de fora. Assim como a devoção dele por São Jorge e Ogum, entidades celebradas nas religiões de matriz africana e na Igreja Católica. A trajetória do sambista vai ser contada desde quando foi feirante e apontador do jogo do bicho.

Bahia na Sapucaí

A noite de domingo também terá como grande homenageada a Bahia, presente nos enredos da Unidos da Tijuca e da Mangueira. A Tijuca fará carnaval sobre as águas da Baía de Todos Santos. Já a Verde e Rosa vem com o enredo “As Áfricas que a Bahia Canta”.

A Unidos da Tijuca contará a história da Baía de Todos os Santos. Terra dos indígenas tupinambás, da primeira capital do Brasil Colônia, lugar de resistência e de rica contribuição para a cultura nacional. O samba promete “um banho de axé, para purificar, um banho de axé, nas águas de Oxalá”.

Já a Mangueira fecha o primeiro dia de desfile no Rio de Janeiro focando na construção da musicalidade e das instituições carnavalescas negras. Processos que tiveram protagonismo de mulheres nas lutas contra intolerância, racismo e pelo fortalecimento da identidade afrobrasileira. A história do carnaval e a trajetória de luta por dignidade e direitos antes e depois da abolição se misturam e chegam aos blocos afro da atualidade.

Salgueiro

O Salgueiro destaca a cor da escola no enredo “Delírios de um Paraíso Vermelho”. Fala sobre liberdade e imagina os tambores da bateria substituindo as trombetas do apocalipse na chegada de um paraíso sem culpa e moralismos. O desenvolvimento do tema fica a cargo do carnavalesco Edson Pereira. Ele preparou um desfile com referências religiosas, como a maçã de Adão e Eva, vermelha, e imagina um novo Éden, em êxtase, como uma interminável noite de carnaval.

Programação

Império Serrano: 22h
Grande Rio: entre 23h e 23h10
Mocidade: entre 0h e 00:20
Unidos da Tijuca: entre 1h e 1h30
Salgueiro: entre 2h e 2h40
Mangueira: entre 3h e 3h50

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*com edição da Redação RBA