Todo sábado

Cine Direitos Humanos deste mês aborda deficiência, exclusão e ativismo GLBT

Programação terá os documentários ‘Sentidos à Flor da Pele’, ‘A Margem da Imagem’ e ‘Meu Amigo Cláudia’

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Meu Amigo Cláudia, de Dário Pinheiro, aborda trajetória de ativista dos anos 80 pelos direitos homoafetivos

Com iniciativa da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, desde setembro do ano passado o Espaço Itaú de Cinema do Shopping Frei Caneca vem exibindo gratuitamente filmes brasileiros e internacionais de temáticas ligadas aos direitos humanos. As sessões são realizadas todos os sábados às 11h e a programação de fevereiro traz três documentários.

Neste sábado (8), será exibido Sentidos à Flor da Pele, de Evaldo Mocarzel, que acompanha a rotina de deficientes visuais em seus trabalhos. O filme, que é de 2008, chama a atenção para a importância da integração das pessoas com deficiência, mostrando que muitas vezes elas precisam de poucos estímulos para desempenhar com eficácia e independência afazeres profissionais. Se, por um lado falta ou falha a visão, por outro, elas desenvolvem e apuram os outros sentidos. A obra não leva a sentimentos como piedade. Mocarzel mostra que a inclusão é mais simples do que parece e que essas pessoas apenas precisam de oportunidades para mostrar que são capazes.

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Sentidos à Flor da Pele, de Evaldo Mocarzel, mostra que a inclusão é mais simples do que parece: questão de oportunidades

Na semana seguinte, dia 15 de fevereiro, outro documentário do mesmo diretor: A Margem da Imagem, de 2003, trata de exclusão social, desemprego, alcoolismo, loucura, religiosidade e o uso da imagem de moradores de rua, em São Paulo. O filme propõe uma discussão ética sobre a “estetização da miséria” e, por fugir da imagem estereotipada do morador de rua, e o resgate da dignidade dessas pessoas.

No dia 22, o tema é ligado à diversidade LGBT. Meu Amigo Cláudia, de Dário Pinheiro, lançado ano passado, apresenta a trajetória de Cláudia Wonder, artista, travesti e ativista pelos direitos homoafetivos que agitou a cena underground paulistana na década de 1980. O filme, baseado em uma crônica de Caio Fernando Abreu, mostra o engajamento político de Cláudia, que passou pela pornochanchada, pelo punk-rock, mas seu principal papel foi na luta contra a marginalização e preconceito vividos por travestis e transexuais.

A curadoria do Cine Direitos Humanos é de Francisco Cesar Filho. As sessões são realizadas todos os sábados, às 11h, no Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca. Os ingressos podem ser retirados na bilheteria.

Cine Direitos Humanos
Quando: Aos sábados, sempre às 11h
8/2: Sentidos à Flor da Pele (Evaldo Mocarzel)
15/2: A Margem da Imagem (Evaldo Mocarzel)
22/2, às 11h: Meu Amigo Cláudia (Dário Pinheiro)
Onde: Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca – Rua Frei Caneca, 569, Consolação
Quanto: Grátis