arte e memória

Exposição digital do Instituto Vladimir Herzog marca Dia Internacional dos Direitos Humanos

Lançamento e exposição são oportunidade histórica de lembrar compromisso pela contínua defesa dos direitos humanos em nosso país, diz Rogério Sottili

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Otávio Roth é um artista plástico brasileiro que desenvolveu ao longo de duas décadas peças gráficas e instalações voltadas à promoção da cultura de paz

São Paulo – No Dia Internacional dos Direitos Humanos, hoje (10), o Instituto Vladimir Herzog (IVH) e o Acervo Otávio Roth, com apoio do Consulado Geral do Canadá em São Paulo, lançaram a exposição digital “Declaração Universal dos Direitos Humanos por Otávio Roth”, com um olhar do artista sobre o tema. A live de inauguração, nas redes sociais do IVH, contou com saudação inicial de Michelle Bachelet, Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos e ex-presidenta do Chile.

Otávio Roth é um artista plástico brasileiro que desenvolveu ao longo de duas décadas peças gráficas e instalações voltadas à promoção da cultura de paz. Produziu a primeira versão artística da Declaração Universal dos Direitos Humanos e foi o primeiro artista plástico a expor em vida nas Nações Unidas. Realizou projetos variados sob encomenda da ONU e da Anistia Internacional e desenvolveu diversas instalações de arte participativa, buscando sensibilizar crianças e adultos para temas humanitários e para a relevância da arte no processo de construção de um futuro comum.

“Esta mobilização virtual no 10 de dezembro (72º aniversário da data) reafirma nossa posição de luta por meio do diálogo e da valorização da cultura brasileira. Mesmo em meio a uma crise sanitária sem precedentes, em que perdemos muitas vidas, temos também uma oportunidade     histórica de lembrarmos do nosso compromisso com os valores democráticos e pela contínua defesa dos direitos humanos em nosso país”, afirma Rogério Sottili, diretor executivo do IVH.

A embaixadora do Canadá no Brasil, Jennifer May, também festejou a exposição.  “A promoção dos direitos humanos no Canadá e ao redor do mundo é uma prioridade para o Governo do Canadá. Estamos muito felizes de apoiar a exibição, que nos mostra como a cultura pode ser um instrumento poderoso na conscientização das pessoas sobre a importância dos direitos humanos”, completa.

Sobre a exposição

A exposição apresenta de maneira sensível e acessível o olhar do artista plástico brasileiro Otávio Roth sobre os 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e conta com traduções para o português, o inglês e o francês. Ficará disponível a partir do dia 10 de dezembro de 2020 no perfil do Instituto Vladimir Herzog na plataforma Google Arts&Culture.

Para democratizar o acesso aos direitos fundamentais descritos nos artigos da DUDH, Otávio Roth elaborou diferentes versões em diferentes línguas: em português, usou a técnica de pulp painting; em inglês, criou xilogravuras. As duas coleções, que juntas totalizam 60 obras, compõem a exposição com curadoria de Fábio Magalhães e Isabel Roth. A produção e adaptação foi de Carolina Vilaverde, coordenadora do projeto “72 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos” pelo Instituto Vladimir Herzog.

As xilogravuras dos 30 artigos estão desde 1981 em exposição permanente nas sedes da ONU de Nova Iorque, Genebra e Viena – e agora, ao lado das obras em pulp painting, podem ser vistas por indivíduos ao redor de todo o globo, umconteúdo artístico e educativo com indicação livre (públicos de todas as idades).

“As obras são compostas por várias camadas. Elas trazem a transcrição integral de cada um dos artigos da Declaração, a partir de tipografia desenvolvida pelo artista. Depois, Otávio sintetizou a essência de cada um dos artigos em ícones, desenhos, que dialogam com a mensagem escrita, trazendo fluidez para a composição”, explica a curadora do Acervo Otávio Roth, Isabel Roth.