RS terceiriza segurança de escolas estaduais
Projeto em 13 escolas visa aumentar a segurança dos estabelecimentos. Profissionais armados farão ronda. Sindicato dos professores é contra
Publicado 16/09/2010 - 18h16
Rio de Janeiro – A partir desta quinta-feira (16) as escolas públicas estaduais do Rio Grande do Sul passam a contar com vigilância terceirizada e armada. O projeto piloto atende 13 de 28 unidades de ensino consideradas de alta vulnerabilidade social. Além da contratação de segurança privada, há previsão de R$ 4,3 milhões em obras de muros, grades e iluminação.
A reação do sindicato dos professores (CPERS) à novidade foi negativa. Rejane de Oliveira, presidente da entidade condena tanto a concepção do projeto como a contratação de segurança privada. “Os problemas de segurança nas escolas são apenas reflexo dos problemas de violência no estado, por falta de políticas públicas”, lamenta.
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“Pessoas terceirizadas dentro das escolas, armadas, representam mais um risco que o estado está colocando para nossos alunos”, acredita. Para ela, a escola, como espaço da construção da cidadania dos alunos, não é lugar para pessoas armadas.
A terceirização do papel do estado também foi criticada. “Temos um posicionamento histórico contra a terceirização. A segurança pública é papel do estado e deve ser garantida pelos servidores públicos. Achamos que esse é mais um grande equívoco do governo Yeda”, afirmou. O sindicato ainda está discutindo as ações a serem tomadas contra a presença dos seguranças nas escolas.
A promessa do governo estadual é de aproximação do policiamento a pé nas escolas. “Vamos colocar o PM da rua andando pelas redondezas das escolas e, em algumas vezes, até entrar no pátio e observar como está a situação”, declarou o coronel Antero Batista, comandante do policiamento da capital.