RS terceiriza segurança de escolas estaduais

Projeto em 13 escolas visa aumentar a segurança dos estabelecimentos. Profissionais armados farão ronda. Sindicato dos professores é contra

Rio de Janeiro – A partir desta quinta-feira (16) as escolas públicas estaduais do Rio Grande do Sul passam a contar com vigilância terceirizada e armada. O projeto piloto atende 13 de 28 unidades de ensino consideradas de alta vulnerabilidade social. Além da contratação de segurança privada, há previsão de R$ 4,3 milhões em obras de muros, grades e iluminação.

A reação do sindicato dos professores (CPERS) à novidade foi negativa. Rejane de Oliveira, presidente da entidade condena tanto a concepção do projeto como a contratação de segurança privada. “Os problemas de segurança nas escolas são apenas reflexo dos problemas de violência no estado, por falta de políticas públicas”, lamenta.

“Pessoas terceirizadas dentro das escolas, armadas, representam mais um risco que o estado está colocando para nossos alunos”, acredita. Para ela, a escola, como espaço da construção da cidadania dos alunos, não é lugar para pessoas armadas.

A terceirização do papel do estado também foi criticada. “Temos um posicionamento histórico contra a terceirização. A segurança pública é papel do estado e deve ser garantida pelos servidores públicos. Achamos que esse é mais um grande equívoco do governo Yeda”, afirmou. O sindicato ainda está discutindo as ações a serem tomadas contra a presença dos seguranças nas escolas.

A promessa do governo estadual é de aproximação do policiamento a pé nas escolas. “Vamos colocar o PM da rua andando pelas redondezas das escolas e, em algumas vezes, até entrar no pátio e observar como está a situação”, declarou o coronel Antero Batista, comandante do policiamento da capital.