O horror

Polícia localiza pertences de Julieta Hernández, assassinada no Amazonas

Julieta Hernández foi assassinada por um casal. Crime tem tons de brutalidade. Agora, a polícia aprofunda investigações

PC-AM
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O suspeito Thiago Agles da Silva, detido anteriormente e apontado como o executor do crime, conduziu a polícia ao local onde foram encontradas duas peças de roupas, um violão e as rodas da carrocinha da artista

São Paulo – Na manhã desta quarta-feira (10), autoridades encontraram pertences da artista venezuelana Julieta Hernández, assassinada em dezembro. Os agentes encontraram os itens em uma área de mata próxima ao local onde descobriram seu corpo dias atrás, em Presidente Figueiredo (AM). A história revela o cometimento de um crime hediondo pelo casal Thiago Agles da Silva, de 32 anos, e Deliomara dos Anjos Santos, de 29. Eles confessaram o assassinato da cicloativista.

O suspeito Thiago Agles da Silva, detido anteriormente e apontado como o executor do crime, conduziu a polícia ao local onde foram encontradas duas peças de roupas, um violão e as rodas da carrocinha da artista. A descoberta reforça a brutalidade do caso que chocou o país.

Versões do crime

Segundo relatos da polícia, Deliomara dos Anjos Santos, em depoimento, admitiu ter cometido o crime motivada por ciúmes do marido. Ela afirmou ter jogado álcool e ateado fogo tanto em Julieta quanto em Thiago, porém, o marido conseguiu apagar as chamas. Posteriormente, o casal levou a vítima para uma área de mata onde a enterraram. Existe suspeita de que enterraram Julieta ainda viva. Dias depois do crime, Deliomara postou fotos em redes sociais com roupas da artista.

Thiago, por sua vez, apresentou uma versão diferente, alegando que ambos estavam sob efeito de drogas quando a venezuelana, tomada pelo ciúme, provocou o incêndio. Uma das peças de roupas encontradas pertencia à Deliomara, que a utilizou após o crime, inclusive compartilhando fotos nas redes sociais vestida com a roupa da vítima.

“A vítima estava dormindo em uma rede na varanda do local, quando Thiago pegou uma faca e foi até ela para roubar seu aparelho celular. Eles entraram em luta corporal, ele a enforcou, a jogou no chão e pediu que Deliomara amarrasse os pés dela. Em seguida, ele a arrastou para dentro da casa, pediu que a esposa apagasse as luzes e passou a abusar sexualmente da vítima”, disse a autoridade policial.

Brutalidade contra Julieta Hernández

Julieta Hernández, autodenominada migrante nômade, palhaça e cicloviajante, planejava atravessar o Amazonas em sua rota em direção à Venezuela. Agora, o casal passa por novo interrogatório hoje, para aprofundando a investigação do caso. As autoridades destacaram a colaboração dos Bombeiros, que, com o auxílio de cães farejadores, localizaram o corpo de Julieta. Ele estava em uma área de mata em Presidente Figueiredo, junto de outros pertences da vítima.

O Boletim de Ocorrência registrado inicialmente indicava que o último contato de Julieta com a família ocorreu em 23 de dezembro, por volta de meia-noite e meia. Ela informou que pernoitaria em Presidente Figueiredo antes de seguir para Rorainópolis, em Roraima.