São Paulo – O rio Guaíba voltou a subir com as fortes chuvas no fim de semana, chegou a 4,86 metros e pode atingir 5,5 metros segundo projeções da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O patamar é superior ao recorde da semana passada. Em menos de duas horas, o nível subiu de 4,78 metros para 4,86, conforme o Centro Integrado de Coordenação de Serviços, da Prefeitura de Porto Alegre. A Prefeitura de Canoas orienta a evação de áreas de risco.

No interior do estado, os rios Taquari e Caí voltaram a transbordar, alagando cidades que já estavam devastadas. Moradores já tiveram de deixar suas casas. A situação é de alerta máximo para o risco de novas inundações severas.

O Rio Taquari, que desagua no Guaíba, ultrapassou os 26 metros na noite deste domingo em Lajeado. Cerca de 1,1 mil pessoas saíram de suas casas. Em Estrela, 10 mil precisaram de acolhimento em abrigos públicos ou casa de amigos e parentes. O Rio Caí, que já está em cota de inundação, deve ter inundações severas, segundo a Defesa Civil. A ponte sobre o Rio Caí, na BR-116, foi interditado na tarde deste domingo.

Além do Guaíba, Lagoa dos Patos continua subindo

A preocupação é grande no sul do estado, onde o nível da Lagoa dos Patos continua subindo. Pelotas e Rio Grande, com alagamentos, têm mais de 2 mil pessoas fora de casa. Na noite deste domingo, o canal São Gonçalo, em Pelotas, que deságua na lagoa, subiu a 2,88 metros, o mesmo nível da enchente de 1941.

A prefeitura de Pelotas orienta que moradores de áreas de risco deixem suas casas e procurem abrigo. O governador Eduardo Leite alertou para a invasão das águas nas cidades de São Lourenço do Sul, Pelotas, São José do Norte e Rio Grande.

Nesta madrugada, Caxias do Sul registrou um tremor de terra. Em Gramado, uma rua desmoronou e os moradores tiveram de sair de casa.

O número de mortes subiu para 147 nesta segunda-feira (13). Segundo a Defesa Civil, 127 pessoas estão desaparecidas, há 806 feridas e mais de 619 mil estão fora de casa. Quase 81 mil estão em abrigos e 538 mil estão desalojados, ou seja, em casa de amigos e parentes.

A chuva perde força no Rio Grande do Sul a partir desta terça-feira (14). Mas o estado de alerta está mantido devido à alta dos rios e dos riscos geológicos calculados pelo Cemaden.

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Redação: Cida de Oliveira, com g1 Rio Grande do Sul