Caos no RS

Temporal no RS afeta 29 municípios, bloqueia estradas e deixa dois mortos; Defesa Civil alerta para mais tempestades

Um homem morreu com a queda de uma marquise em Cachoeirinha, região Metropolitana. E o outro, ao ser transferido do hospital em que estava, em São Vicente do Sul, centro do estado, que foi destelhado pelo vento

Defesa Civil de Porto Alegre
Defesa Civil de Porto Alegre
Segundo a Defesa Civil, as rajadas ficaram acima dos 100 quilômetros por hora com chuva em quase toda a extensão do Rio Grande do Sul

São Paulo – A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou hoje (17) que o temporal que atingiu o estado nesta terça-feira (16) causou estragos em pelo menos 29 municípios. Ainda há trechos de rodovias bloqueados. Uma pessoa morreu em Cachoeirinha, na região metropolitana da Porto Alegre, com a queda de uma marquise de um supermercado. Outras dez ficaram feridas. A chuva e vento fortes, com queda de granizo e descargas elétricas deixou ao menos 1,1 milhão de pessoas sem energia elétrica.

Em São Vicente do Sul, região central do estado, o telhado de um hospital foi arrancado com a força do vento. Seis pacientes tiveram que ser transferidos para cidades da região. Um deles morreu durante a transferência. Era um idoso de 70 anos que passava por tratamento de câncer no local.

No mesmo hospital, outras seis pessoas chegaram por conta de ferimentos, duas delas por causa do temporal, mas foram todos levados para outras unidades nas cidades de Mata e Jaguari, na mesma região. Isso porque o hospital ficou destelhado com a força do vento. Segundo a Defesa Civil, as rajadas ficaram acima dos 100 quilômetros por hora com chuva em quase toda a extensão do Rio Grande do Sul.

Houve prejuízos na rede de saúde da capital gaúcha também. Pelo menos quatro hospitais ficaram alagados e serviços precisaram ser suspensos. O caso mais grave divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde foi no Hospital São Lucas, da Pontifícia Universidade Católica (PUC). O prédio da unidade de saúde, que fica na Avenida Ipiranga, no bairro Partenon, em Porto Alegre, foi destelhado e está alagado.

Sem luz, água e feridos

Árvores também foram derrubadas pela força do vento, ruas precisaram ser interditadas, o abastecimento de água foi prejudicado e os bombeiros tiveram que atuar para ajudar a resgatar pessoas ilhadas. Levantamento da MetSul Meteorologia mostrou que, até a meia noite, alguns bairros tiveram chuvas de 75 milímetros. A média histórica para todo o mês de janeiro é de 120 milímetros.

Somados os clientes das concessionárias RGE e CEEE-Equatorial, o estado tinha no início desta quarta 1,194 milhão de imóveis sem luz. As regiões mais afetadas são a central, Porto Alegre e região metropolitana e os vales do Taquari, dos Sinos e do Rio Pardo. Além disso, outras 10 pessoas ficaram feridas pelas fortes chuvas.

Novo alerta

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um alerta para a continuidade de chuvas intensas, em quase todo o estado, para esta quarta (17). O órgão orientou a população que vive em áreas com histórico de alagamentos a procurar autoridades municipais para receber informações sobre o plano de contigência local.

O fenômeno é provocado por uma violenta combinação de sistemas meteorológicos. Cada vez mais frequente no Rio Grande do Sul, o encontro de uma zona de baixa pressão com uma massa de ar frio espalhou a chuvarada.

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(*) Com informações do g1