Instituto prevê tempestades no Sul, onda de calor e vendaval no Sudeste e Centro-Oeste, com chance de danos e apagão
O Instituto Nacional de Meteorologia alerta para tempestades com potencial para provocar danos e transtornos, principalmente no Rio Grande do Sul. E o risco de queda de energia devido às fortes chuvas e aumento da demanda
Publicado 14/11/2023 - 13h01

São Paulo – O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê para esta semana tempestades no Sul, e calor acima do normal em 1.413 cidades das regiões Centro-Oeste e Sudeste, com possibilidade de vendaval, com danos e até apagão a exemplo da semana retrasada. Isso devido às chuvas intensas, acompanhadas de rajadas de vento no final das tardes ao longo dos próximos dias.
A empresa MetSul Meteorologia também aponta que nas duas regiões há risco de tempestade. Um grande volume de chuva também é esperado na região Sul, principalmente no Rio Grande do Sul, que já vem sofrendo com as consequências de um temporal em setembro. Há, segundo o MetSul, uma condição de “enorme instabilidade” que permanece na maior parte da semana, sobretudo na porção norte do estado. A previsão de tempestade se expande até Santa Catarina. O serviço meteorológico aponta que alguns pontos podem registrar volumes superiores a 300 milímetros.
O risco é que a chuva excessiva provoque inundações, cheias nos rios e queda de barreiras e deslizamento. Há ainda previsão de temporais com vento e granizo. A instabilidade também deve chegar ao sudoeste do Paraná, assim como no Centro-Oeste e no Sudeste.
Semana dos extremos
A chuva da “semana dos extremos”, como definiu o MetSul, vem acompanhada por altas temperaturas que, em várias cidades, deve passar dos 45º C. Normalmente, a aproximação do verão, que começa em dezembro, faz com que a temperatura aumente em novembro. Mas em 2023 o fenômeno El Niño e a crise climática que vem se agravando rapidamente, devido à ação humana, tornam a situação em um cenário jamais visto.
As altas temperaturas aumentam o risco de apagão. Primeiro porque estão associadas as chuvas intensas, que podem ainda derrubar árvores sobre a rede de distribuição. E também porque sobrecarregam o sistema, devido a aumento de demanda para suprir aparelhos de ar-condicionado, por exemplo.
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Com informações do portal UOL