Manifestantes presos em passeata contra Obama são soltos após três dias

São Paulo – Os 13 manifestantes presos na sexta-feira (18), quando faziam uma passeata contra à visita ao Brasil do presidente norte-americano, Barack Obama, foram soltos na manhã desta segunda-feira […]

São Paulo – Os 13 manifestantes presos na sexta-feira (18), quando faziam uma passeata contra à visita ao Brasil do presidente norte-americano, Barack Obama, foram soltos na manhã desta segunda-feira (21). As informações são de Ricardo Tavares, da direção nacional do PSTU. O partido teve 10 militantes entre os presos.

Segundo Tavares, os advogados do PSTU entraram com pedido de habeas corpus no domingo (20). Nesta segunda-feira, receberam a notícia de que foi concedida decisão favorável, mas para ele isso não resolve os problemas enfrentados pelos manifestantes. “As medidas arbitrárias com que os protestantes fossem submetidos são inaceitáveis, vamos denunciar os abusos e também pedir que as acusações sejam retiradas”,  afirmou.

O diretor do partido disse que os presos foram levados diretamente a presídios da região e também tiveram seus cabelos raspados. Entre os presos, estavam um jovem de 16 anos e uma mulher de 69 anos. Ambos participavam da manifestação contra à visita de Obama, no centro do Rio de Janeiro, que contava com a presença de cerca de 300 pessoas de diversas entidades e partidos. Segundo Tavares, a manifestação foi feita de forma política e pacífica, o que não representava nenhum tipo de perigo e desordem.

A prisão dos manifestantes repercutiu rapidamente pela internet. Na tarde de domingo, um abaixo-assinado on line já contava com mais de 6 mil assinaturas que pediam a imediata soltura dos detidos, tratados como “presos políticos”. Sites internacionais também publicaram posições que repudiavam a prisão dos opositores à visita de Obama, assim como entidades nacionais, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo.

“Pessoas idôneas e responsáveis não podem ser tratadas desta maneira. Vamos denunciar  os responsáveis e alertar os direitos humanos.”

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