Obama desiste de discurso na Cinelândia e fala no Teatro Municipal do Rio

Os motivos da troca não foram divulgados (Foto: Kevin Lamarque/Reuters) São Paulo – O presidente dos Estados Unidos trocou a Cinelândia pelo Teatro Municipal do Rio de Janeiro. O motivo […]

Os motivos da troca não foram divulgados (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)

São Paulo – O presidente dos Estados Unidos trocou a Cinelândia pelo Teatro Municipal do Rio de Janeiro. O motivo da mudança para o local discurso previsto para este domingo (20), durante o segundo dia de visita de Barack Obama ao Brasil, não foi divulgado. As informações são da embaixada norte-americana no país.

Obama desembarca na manhã deste sábado (19) em Brasília, onde se encontra com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Ele desembarca com sua mulher, Michelle, e das filhas Sasha e Malia. Dois encontros entre empresários dos dois países estão previstos na agenda.

Ainda na noite de sábado, ele segue para o Rio onde, no dia seguinte, visita o Corcovado e a Cidade de Deus. Na manhã de segunda-feira (21), a comitiva embarca para o Chile. O giro pela América Latina inclui ainda El Salvador.

Afagos

Apesar de mudança de endereço, o discurso de Obama deve manter o tema, voltado a interesses comuns entre Brasil e Estados Unidos, segundo informou na quinta-feira (17) o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. Algumas palavras-chave enumeradas por ele foram democracia, diversidade cultural e inclusão social. No Rio, o conteúdo é voltado ao Brasil, diferentemente do que deve ocorrer em Santiago, onde o plano é falar sobre as diretrizes para o conjunto da América Latina.

Carney definiu o Brasil como uma nação que “persegue um papel maior no palco mundial” e que “compartilha uma série de valores” com os EUA. Obama deve dar “boas vindas” a essa disposição por mais protagonismo. Além de ter sua voz ouvida em debates e fóruns internacionais, o país almeja uma vaga permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Apesar de ter apoiado a Índia em suas pretensões, o mesmo não deve ocorrer em relação ao Brasil.

Apesar disso, Daniel Restrepo, responsável pela América Latina no Departamento de Estado, confirmou a agências que a reforma da ONU deve entrar na pauta da conversa com Dilma. “Eles (Dilma e Obama) vão sem dúvida discutir, num contexto mais amplo, uma arquitetura global que reflita realidades globais. A proeminência do G20 como um fórum global relevante deu ao Brasil um importante assento na mesa dos assuntos econômicos globais”, afirmou.

O Brasil aspira a um assento permanente do Conselho de Segurança da ONU. Obama deu, recentemente, apoio à Índia, mas a Casa Branca já indicou que o mesmo não deve ocorrer com o Brasil – sobretudo após a aproximação de Brasília com o Irã, segundo especialistas.