‘Frente Parlamentar deve fortalecer a resistência a Feliciano’, diz Vannuchi

São Paulo – Para Paulo Vannuchi, ex-ministro dos Direitos Humanos, a criação de uma Frente Parlamentar de Direitos Humanos será benéfica para fortalecer a oposição dentro da Comissão de Direitos […]

São Paulo – Para Paulo Vannuchi, ex-ministro dos Direitos Humanos, a criação de uma Frente Parlamentar de Direitos Humanos será benéfica para fortalecer a oposição dentro da Comissão de Direitos Humanos (CHD) na Câmara dos Deputados. “A ideia é positiva para gerar ambiente em que os movimentos sociais sejam mobilizados e convocados para uma atuação semanal dentro da Câmara para inviabilizar qualquer tentação do Marcos Feliciano de fazer a Comissão se tornar um braço da homofobia, do racismo e da defesa da tortura.” 

Presidida hoje pelo pastor Marco Feliciano, a Comissão de Direitos Humanos foi criada em 1995, simbolizando um marco na luta pelos direitos humanos no Brasil. Vannuchi diz que era antigo o risco de a comissão ser dirigida por parlamentares da ultra-direita, que “tem ódio aos homossexuais, preconceitos contra os direitos da mulher e posições racistas”. Para ele, houve erro por parte de movimentos sociais e de parlamentares historicamente ligados à luta dos direitos humanos, além de oportunismo de partidos da oposição. “O PSDB e o PMDB tiraram seus membros da comissão e cederam para o PSC. Fizeram isso para enfraquecer as forças do governo Dilma.”

Vannuchi alerta para os riscos de promoção de eventos anti-abortistas e audiências com pessoas “curadas” da homossexualidade, além de campanhas contra a Comissão Nacional da Verdade, o que seria fruto da nova configuração política da comissão. Ele ressalta a necessidade de resistência por movimentos sociais, sindicato e parlamentares ligados ao tema. “A vida política exige participação nas instituições. A resistência que me parece adequada é a mobilização permanente.”

Ouça o comentário de Paulo Vannuchi na íntegra abaixo:

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