São Paulo – O Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) iniciou, na semana passada, uma campanha para defender direitos dos trabalhadores, tendo em vista que os profissionais atuam com famílias em situação de vulnerabilidade social. O órgão teme que o governo interino de Michel Temer possa acelerar os ataques à legislação trabalhista, em especial no que diz respeito às terceirizações e ao rebaixamento do salário mínimo.

“A campanha tem dois vieses: um é denunciar ataques contra a classe trabalhadora e outro, garantir os direitos da própria categoria, que corre o risco de ter seu trabalho precarizado. Os profissionais do setor seriam fortemente atingidos pelo impacto dessas mudanças. A precarização do trabalho resulta na redução da qualidade dos serviços”, defendeu o diretor do Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo (CRESS-SP), Fábio Rodrigues.

Foi lançado um hotsite, que irá divulgar artigos e notícias entre a categoria, além de material gráfico que será distribuído entre a população, inclusive entre os atendidos pelos profissionais. “Queremos trazer para o serviço social o que é do seu projeto: a defesa a classe trabalhadora. Com o avanço do capitalismo neoliberal as discussões sobre desregulamentação do trabalho estão na pauta do dia”, disse Rodrigues.

“Pelo início do governo interino se percebe que esses ataques podem vir de forma muito mais radical. Eram temas que já estavam na pauta, mas que agora podem caminhar de maneira mais rápida, porque há pressão do mercado para que essas mudanças ocorram. É necessário que toda classe trabalhadora esteja atenda e se organize para barrar esses projetos”, completou.