Militares e Cúpula dos Povos chegam a acordo sobre território

Rio de Janeiro – Uma reunião realizada na quinta-feira (31) no Comando Militar do Leste (CML) colocou fim à crise que havia sido iniciada entre os militares e a Cúpula […]

Rio de Janeiro – Uma reunião realizada na quinta-feira (31) no Comando Militar do Leste (CML) colocou fim à crise que havia sido iniciada entre os militares e a Cúpula dos Povos depois que os organizadores do evento foram informados que parte do território no Aterro do Flamengo lhes seria retirada para possibilitar o aquartelamento de tropas e veículos do Exército e da Polícia Militar do Rio de Janeiro durante a Rio+20.

Após uma conversa entre integrantes do Grupo de Articulação (GA) da Cúpula dos Povos e o comandante do CML, general Adriano Pereira, ficou acertada a divisão do trecho, localizado no entorno do Monumento aos Pracinhas. O espaço agora terá uma parte ocupada pelos militares e outra por tendas e escritórios da Cúpula, evento que reunirá cerca de 30 mil pessoas por dia entre 15 e 23 deste mês.

“A reunião com o general foi amplamente satisfatória. Houve boa vontade de ambas as partes e chegamos ao denominador comum que foi possível. O CML entendeu a importância da manutenção de parte do espaço para a Cúpula dos Povos e nós compreendemos a necessidade de um espaço para os militares. Eles estarão lá para garantir também a nossa segurança”, avalia Carlos Henrique Painel, dirigente do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais pelo Meio Ambiente (FBOMS) e membro do GA da Cúpula dos Povos.

A principal preocupação dos ambientalistas era perder o espaço inicialmente destinado à realização da Assembleia dos Povos, evento derradeiro da Cúpula dos Povos e que definirá o conteúdo do documento final com as propostas da sociedade civil que serão entregues aos negociadores governamentais no evento oficial da Rio+20. Essa preocupação foi afastada, e a tenda para a assembleia, que ficaria no pátio do Monumento aos Pracinhas, será deslocada para o espaço de aeromodelismo logo ao lado: “As mudanças não foram muitas e não atrapalharão em nada o sucesso da Cúpula dos Povos”, resume Painel.