Presidente da Espanha declara apoio a Lula: ‘Momento de abrir a porta da esperança’
Com a eleição de Lula, Pedro Sánchez espera que o Brasil seja uma voz de “abertura para o mundo” e comprometida com a igualdade
Publicado 26/10/2022 - 13h00
São Paulo – O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, declarou nesta terça-feira (25) apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). Em vídeo publicado nas redes sociais, Sánchez diz a disputa atual é “decisiva” para o Brasil, “uma terra tão unida a Espanha”.
“Contra os que pregam o ódio e o negacionismo climático, contra aqueles que querem um Brasil isolado e fechado. Este é o momento de abrir a porta da esperança. O Brasil merece esse horizonte de progresso. O Brasil merece Lula”, afirmou Sánchez, que também é secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe).
Ele destaou que o Brasil é a maior economia da América Latina, e que a voz do país é “imprescindível” diante dos “grandes desafios globais”. Nesse sentido, espera que seja de “abertura para o mundo” e comprometida com a igualdade. Ao final, disse que a eleição de Lula, a quem chama de “querido amigo”, será a vitória dos “progressistas do mundo inteiro” e também da Espanha. Lula agradeceu ao líder espanhol.
Obrigado meu amigo @sanchezcastejon. O mundo precisa de um Brasil soberano, com diálogo com o mundo, que gere empregos e não negue a ciência. Forte abraço! 🇧🇷 🇪🇸 pic.twitter.com/A975qoM4mn
— Lula 13 (@LulaOficial) October 26, 2022
Ontem o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, também declarou apoio a Lula, dizendo ter “muita saudade das relações de proximidade e amizade entre Portugal e Brasil”. Costa afirmou que não só o Brasil, mas o mundo, “precisam de Lula”.
Revisão da reforma trabalhista
A campanha de Lula se inspira na Espanha para rever a reforma trabalhista no Brasil. Em fevereiro desse ano, o Congresso Espanhol aprovou uma nova legislação que revogou os efeitos nocivos da reforma trabalhista realizada no país em 2012. Para tanto, o governo espanhol negociou com empresas e trabalhadores, com o objetivo de coibir abusos de trabalho temporário, intermitente e terceirizações, além de estimular negociações coletivas. A nova lei garantiu direitos trabalhistas inclusive para trabalhadores de aplicativos.