Acordo permite maior participação de Cuba no Mercosul
Líderes do bloco vão emitir declaração condenando racismo e homofobia
Publicado 16/12/2010 - 18h15
São Paulo – Países membros do Mercosul assinaram nesta quinta-feira (16) um acordo de consultas políticas com Cuba que permite maior participação do país nas reuniões do bloco integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, ressaltou que o acordo é de grande simbolismo político e abre passagem a integração de Cuba ao Mercosul. “O Mercosul ia se desintegrar. Apesar das previsões pessimistas, ele está avançando”, afirmou o ministro.
Um plano de ação voltado a comércio, investimentos e imigração também foi lançado nesta quinta-feira. Os quatro países aceitaram unificar suas regras relativas a garantias de investimentos, leis antitruste e políticas automotivas. Houve também o comprometimento na eliminação de barreiras para os setores de serviços e isenções tarifárias para determinados produtos.
Dentro de dez anos, os veículos dos países do Mercosul deverão rodar com placas unificadas. Isso vai permitir a livre circulação de carros, motos, ônibus e caminhões entre o Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai.
Racismo e homofobia
Os presidentes dos países do Mercosul decidiram emitir uma declaração especial de condenação e repúdio ao racismo e à homofobia no término da 40ª cúpula do bloco.
O texto da declaração foi aprovado nesta quinta e defende a garantia do respeito e da promoção dos direitos humanos dos imigrantes e de suas famílias. Também ressalta a importância do Mercosul se tornar um espaço regional de livre circulação de pessoas.