Funcionário da Receita de MG afirma que acessou dados por engano

São Paulo – O analista Gilberto Souza Amarante, da Delegacia da Receita Federal de Formiga (MG), afirmou nesta segunda-feira (6) que acessou por engano os dados cadastrais do vice-presidente executivo […]

São Paulo – O analista Gilberto Souza Amarante, da Delegacia da Receita Federal de Formiga (MG), afirmou nesta segunda-feira (6) que acessou por engano os dados cadastrais do vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira. Ele disse ao portal G1 que procurava outra pessoa com o mesmo nome no sistema do órgão. Amarante negou ter tido acesso às declarações de imposto de renda do tucano e disse que a parte do sistema à qual tem acesso só permite obter dados cadastrais, como nome, endereço, telefone e data de nascimento.

 

“A hipótese mais plausível, a única que explica o fato é estar tentando acessar o cadastro de um outro Eduardo Jorge, o que pode ter me levado a entrar nos dados cadastrais do [vice] presidente [executivo] do PSDB. Só tomei conhecimento desse senhor nos últimos dias. Não sabia nem quem era Eduardo Jorge. É um nome muito comum. Se fosse um político mais conhecido e com um nome menos comum, eu iria notar”, disse.

Segundo Amarante, ocorreu um único acesso ao cadastro, com 41 segundos de duração, durante horário de expediente da Delegacia da Receita Federal de Formiga em abril do ano passado. Ele negou ter efetuado dez consultas aos dados do político, conforme informou no domingo (5) reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. “Até se perceber que não é aquela pessoa, é necessário mudar algumas páginas. E, a cada mudança de tela, o sistema conta como uma consulta. Isso poderia explicar as dez vezes”, declarou.

 

Amarante é funcionário da Receita Federal há 17 anos. Ele negou que seja militante de qualquer partido político. Segundo ele, em 2001, quando chegou à cidade de Arcos, no interior mineiro, foi convidado a  participar de reuniões do PT local e se filiou ao partido, mas nunca foi militante.

 

Investigações

 

O corregedor-geral da Receita, Antônio Carlos Costa D’Ávila, confirmou que os dados do vice-presidente do PSDB foram acessados, mas não na agência de Formigas. Ele acrescentou que a investigação sobre os vazamentos em Mauá, em São Paulo, concluiu que 2.949 contribuintes tiveram seus dados acessados naquela cidade entre 1º de agosto de 2009 e dezembro do mesmo ano.

 

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, declarou nesta segunda-feira que o presidente Lula determinou que as investigações sobre o caso tenham prioridade. “Ele [presidente Lula] considera que isso não pode de forma alguma ficar aberto para ser utilizado pela oposição ao presidente Lula para o palanque eleitoral”, disse. Padilha rebateu ainda as declarações do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, de que o PT tem a violação de dados no DNA. “O PT tem 30 anos de idade, todo mundo sabe qual é o DNA do PT.”

 

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