Em dia da Independência, Dilma destaca fim da dívida com o FMI
São Paulo – A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, aproveitou o Dia da Independência para defender a “soberania brasileira” e o “fim da tutela” junto ao FMI (Fundo Monetário […]
Publicado 07/09/2010 - 19h16
São Paulo – A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, aproveitou o Dia da Independência para defender a “soberania brasileira” e o “fim da tutela” junto ao FMI (Fundo Monetário Internacional), após o Brasil quitar sua dívida com o órgão.
“Ninguém respeita devedor. O Brasil hoje não é devedor, o Brasil é credor (do FMI)”, disse, em entrevista em Brasília. De acordo com a candidata, o Brasil passou a ter US$ 262 bilhões em reservas, ante a US$ 21 bilhões em 2003. E no ano passado, US$ 10 bilhões foram emprestados ao Fundo.
A candidata do PV, Marina Silva, também lembrou o 7 de Setembro. “A independência do Brasil passa também pelo funcionamento das instituições púbicas que valorizem e respeitem os cidadãos”, disse em São Paulo.
Baixo nível
Na mesma coletiva, Dilma também afirmou que o candidato José Serra (PSDB) baixou o nível do debate. “Ele resolveu baixar o nível. Ele que fique com o nível baixo dele”, disse após ser questionada sobre a propaganda eleitoral do tucano, que neste sábado afirmou que Dilma “engana” o eleitor. E também afirmou: “Tem gente que passou o governo Lula torcendo para que o Brasil desse errado.”
Já Marina comentou sobre o uso da Receita Federal na campanha política e a quebra o sigilo dos dados da filha de José Serra, Verônica Serra, e sem citar nomes, disse que candidatos estão se fazendo de vítima para conquistar votos.
“Precisamos ter um olhar público para a gestão pública, mas também para a disputa eleitoral”, disse Marina Silva, durante entrevista em São Paulo. “Lamentavelmente, as eleições não estão caminhando para o que interessa para o eleitor.”
Na segunda (06) à noite o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) confirmou que a servidora da Receita Federal Ana Maria Rodrigues Caroto Cano (que trabalha em agência em Mauá) é filiada desde 1981 ao PMDB paulista, que apoia a candidatura de José Serra.
Pesquisas
Faltando pouco menos de um mês para a eleição, Dilma vê sua distância aumentar para o segundo colocado, Serra. De acordo com as medições do tracking Vox Populi/IG/Band, no sétimo dia de medição e divulgadas nesta terça-feira, Dilma tem 56% das intenções de votos, enquanto Serra está com 21%. Em relação ao primeiro dia, a petista oscilou cinco pontos, enquanto o tucano caiu quatro pontos percentuais. Marina se mantém com 8%, enquanto indecisos somam 10% e brancos e nulos, outros 4%.
A pesquisa ouve duas mil pessoas, sendo 500 novos eleitores trocados a cada dia. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Em entrevista ao portal IG, Marco Antônio Carvalho Teixeira, cientista político e pesquisador da PUC-SP e da Fundação Getúlio Vargas, disse que “Serra deu um tiro no pé” ao atribuir a Dilma a quebra do sigilo de sua filha. E que o PSDB também ficou em ‘saia justa’ após denúncias vindas do Rio Grande do Sul que apontam a quebra de sigilo de dados de 30 pessoas, entre elas, do candidato ao governo local, Tarso Genro (PT), feitas a partir de um sargento responsável pela segurança da governadora Yeda Crusius (PSDB).