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Silvio Almeida, Anielle Franco, Maria Victoria Benevides, Douglas Belchior, Esther Dweck. Confira 32 novos nomes da Transição

Gabinete de Transição do governo Lula apresenta nomes para grupos de Comunicação, Direitos Humanos, Mulheres, Indústria e Comércio, Igualdade Racial e Planejamento

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Silvio Almeida, Anielle (acima), Esther, Douglas. Maria Victoria

São Paulo – O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou nesta quinta-feira (10) lista com 32 novos nomes que vão compor o Gabinete de Transição do governo Lula. Foram anunciados integrantes de seis grupos técnicos: Comunicação, Direitos Humanos, Mulheres, Indústria e Comércio, Igualdade Racial e Planejamento. Assim, juntamente com Economia, Assistência Social e Saúde, nove grupos já contam com as equipes escaladas. Esses grupos devem realizar estudos em cada área e estabelecer as prioridades para o próximo governo.

Entre os nomes anunciados estão ex-ministros, parlamentares, acadêmicos e representantes da sociedade civil. Nos Direitos Humanos, por exemplo, destaque para o advogado e escritor Silvio Almeida. No grupo Mulheres, Anielle Franco, diretora executiva do Instituto Marielle Franco, que leva o nome da sua irmã, ex-vereadora do Psol assassinada em 2018.

Confira nova lista de nomes para o Gabinete de Transição

Comunicações

  • Paulo Bernardo, ex-ministro das Comunicações
  • Jorge Bittar, ex-deputado federal
  • Cesar Álvarez, ex-secretário-executivo do Ministério das Comunicações
  • Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Direitos Humanos

  • Maria do Rosário, deputada federal (PT-RS)
  • Maria Vitória Benevides, historiadora, integrante da Comissão Arns
  • Silvio Almeida, advogado e escritor, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Mackenzie e presidente do Instituto Luís Gama
  • Luis Alberto Melchetti, doutor em Economia
  • Janaína Barbosa de Oliveira, movimento LGBTQIA+
  • Rubens Linhares Mendonça Lopes, setorial Pessoa com Deficiência do PT
  • Emídio de Souza, deputado estadual (PT-SP)

Igualdade Racial

  • Nilma Lino Gomes, ex-ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos
  • Givania Maria Silva, quilombola e doutora em Sociologia
  • Douglas Belchior
  • Thiago Tobias, advogado coalizão negra
  • Ieda Leal
  • Martvs das Chagas, secretário de Planejamento de Juiz de Fora (MG)
  • Preta Ferreira, movimento negro e moradia

Planejamento, Orçamento e Gestão

  • Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda
  • Enio Verri, deputado federal (PT-PR)
  • Esther Dweck, economista e professora da UFRJ
  • Antonio Corrêa de Lacerda, presidente do Conselho Federal de Economia

Indústria, Comércio e Serviços

  • Germano Rigotto, ex-governador do Rio Grande do Sul
  • Jackson Schneider, executivo da Embraer
  • Rafael Luchesi, diretor de Educação e Tecnologia do Senai
  • Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Pequena Empresa (subgrupo)

  • André Ceciliano, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
  • Paulo Okamoto, ex-presidente do Sebrae
  • Tatiana Conceição Valente, especialista em Economia Solidária
  • Paulo Feldman, professor da USP

Mulheres

  • Anielle Franco, diretora executiva do Instituto Marielle Franco
  • Roseli Faria, economista
  • Roberta Eugênio, mestre em Direito
  • Maria Helena Guarezi, professora
  • Eleonora Menicucci, ex-ministra da Secretaria Especial de Política para Mulheres
  • Aparecida Gonçalves, ex-secretária nacional de Violência contra a Mulher

Alckmin rebate pressões do mercado

Após anunciar os nomes que compõem os seis grupos, Alckmin foi questionado sobre a reação do “mercado” ao discurso de Lula, mais cedo, em que o presidente eleito sinalizou a questão social como prioridade do seu governo. Para os agentes do mercado, o líder petista teria deixado de lado o compromisso com a austeridade fiscal. Os representantes da Faria Lima também não gostaram de saber que a Petrobras não mais ser “fatiada”, nem o Banco do Brasil privatizado.

Em resposta, Alckmin lembrou que, quando Lula assumiu pela primeira vez, em 2003, a dívida pública do país correspondia a 60% do PIB. Em 2010, ao final do seu governo, havia caído para 39,7%. Além disso, seu governo realizou superávit fiscal em todos os anos dos seus dois mandatos.

“Então se alguém teve responsabilidade fiscal, foi o governo Lula”, disse o vice. Segundo ele, o mais importante é fazer o país crescer. E isso deve ocorrer a partir da retomada do planejamento e dos investimentos públicos.

Sobre a chamada PEC da Transição, que abre espaço no Orçamento para garantir o pagamento do Bolsa Família de R$ 600, dentre outras prioridades do novo governo, Alckmin disse que seus valores ainda não estão definidos. O vice também alertou para a necessidade de obter recursos para garantir a continuidade de políticas públicas nas áreas da saúde, educação e habitação, além de evitar a paralisação de obras em andamento.

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