dissídio

Com 37 dias de greve nos Correios, TST marca julgamento para a semana que vem

A paralisação, parcial, começou como um protesto pela alteração no plano de saúde dos trabalhadores

Sintect Campinas

Trabalhadores protestam em frente à agência central dos Correios em Campinas (SP)

São Paulo – O Tribunal Superior do Trabalho (TST) marcou para a próxima quarta-feira (12), às 15h30, o julgamento da greve dos trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A paralisação, que completa 37 dias, e ocorre parcialmente em Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe, segundo informações da Fentect, federação nacional que representa a categoria. Os trabalhadores suspenderam as atividades como um protesto contra as alterações no plano de saúde, que mudou no início de janeiro de Correios Saúde para Postal Saúde.

Segundo os sindicalistas, a empresa descumpriu cláusula do acordo coletivo, sem negociação prévia com os trabalhadores. “A cláusula determina que a ECT deve ser a gestora do plano e a empresa transferiu a gestão para o Postal Saúde. Com isso, os trabalhadores podem ter de arcar com cobranças de mensalidades pela assistência médica, que hoje não temos”, disse o secretário de imprensa da Fentect, James Magalhães.

De acordo com a entidade, que reúne 29 dos 35 sindicatos da categoria, atualmente o plano atende aproximadamente 115 mil trabalhadores pelo regime de compartilhamento, ou seja, sem mensalidades fixas e com o pagamento de percentual, que varia de 10% a 20%, dependendo do salário, somente quando utilizam a assistência médica. Em nota, a empresa afirma que não haverá nenhuma alteração no plano, registrado na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com política e diretrizes definidas pela ECT.