Paralisação

Sem acordo em audiência, greve dos funcionários dos Correios vai a julgamento

Movimento, que já dura 27 dias, foi deflagrado por causa de alterações no plano de saúde

São Paulo – A greve dos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) irá a julgamento no Tribunal Superior do Trabalho (TST), já que a audiência de conciliação realizada hoje (24) terminou sem acordo. O motivo da paralisação, iniciada em 29 de janeiro, é uma cláusula referente ao plano de saúde.

A Fentect, federação que representa os trabalhadores, alega que a ECT desrespeitou a cláusula ao fazer alterações no plano sem aval dos empregados. Já os Correios sustentam que agiu conforme determina a norma, acrescentando que há uma ação ainda sendo analisada em primeira instância (na 6ª Vara do Trabalho de Brasília) e que, por isso, a greve seria abusiva.

No dia 17, o ministro Márcio Eurico Vitral Amaro, do TST, proibiu a empresa de realizar qualquer desconto nos salários durante o período de greve e determinou a devolução de valores que houvesse sido descontados. A Fentec afirmou que a ECT estava cortando tíquetes-alimentação de que trabalhadores que aderiram ao movimento, o que vai contra a liberdade de greve, segundo o juiz. Ele também determinou que parte do efetivo continuasse trabalhando, fixando mínimo de 40%.