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Trabalhadores e Eletrobras têm 10 dias para um acordo sobre planos de saúde

Se não houver entendimento até o próximo dia 17, ministro do TST levará o caso a julgamento

FNU
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Processo de privatização segue avançando. Agora, está no TCU

São Paulo – Representantes da Eletrobras e dos empregados têm 10 dias para chegar a um acordo sobre a nova configuração dos planos de saúde das empresas que compõem o sistema. O prazo foi dado pelo ministro Agra Belmonte, do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Se até o próximo dia 17 não houver entendimento, o caso deverá ir a julgamento.

A questão dos planos provocou greve em empresas da Eletrobras no início do ano. De forma unilateral, a estatal, que o governo pretende privatizar em breve, aumentou a participação dos empregados de 10% para 40%. Agora, o ministro fez proposta conciliatória sugerindo 70% dos custos para o empregador e 30% para os trabalhadores. Até o dia 17, não poderia haver novas paralisações.

Essa proposta foi apresentada em 24 de fevereiro. Dependia de aprovação da Secretaria de Coordenação e Governança das  Empresas Estatais (Sest, ligada ao Ministério da Economia). Segundo o TST, a sugestão foi aceita. O próximo passo é acertar detalhes como cobertura e inclusão de dependentes.  

Audiência no TST: ministro ainda tenta acordo direto entre as partes (Reprodução)

Enquanto isso, o processo de privatização segue sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU), que já aprovou a primeira parte, mesmo com muitos questionamentos. “Em meio a esse processo — e devido a ele — a Eletrobras tem precarizado as relações de trabalho, sucateando e retirando direitos e conquistas de seus funcionários”, afirma a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU-CUT).