Inclusão

Sindicato faz campanha pelo emprego de pessoas com deficiência no setor de tecnologia da informação

Segundo a entidade, empresas fazem campanha pela diversidade enquanto descumprem a Lei de Cotas

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Quase 200 empresas cumprem menos que 30% da cota, enquanto 107 simplesmente ignoram a legislação, afirma sindicato

São Paulo – O Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd) lançou campanha que visa a fazer com que as empresas do setor cumpram a chamada Lei de Cotas (Lei 8.213, de 1991). De acordo com a entidade, parte do setor cumpre apenas de forma parcial ou simplesmente ignora a lei.

“Tudo piora quando é possível verificar que algumas dessas empresas de tecnologia fazem campanhas ostensivas de diversidade e inclusão nas redes sociais, enquanto na prática não cumprem efetivamente a legislação que garante oportunidades iguais para todos”, afirma o sindicato. A campanha foi batizada de “Empresa legal, inclusão real”.

De acordo com os dados do Sindpd, fornecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), há 4.761 vagas abertas para pessoas com deficiência em universo de 418 empresas. “No entanto, 192 empresas cumprem menos que 30% da cota estabelecida, enquanto 107 empresas simplesmente ignoram completamente a legislação, não contratando qualquer pessoa com deficiência.” Isso inclui nomes como Tivit, Mercado Livre, HCL, Zup (grupo Itaú) e IMA (empresa pública de Campinas).

Política de inclusão

“Não se trata apenas do preenchimento das vagas, mas de entender a lei como uma política de inclusão”, afirma o presidente do sindicato, Antonio Neto. “As empresas devem buscar criar oportunidades através do investimento em qualificação profissional. É hora de pressionar as empresas e garantir que elas não apenas falem sobre diversidade e inclusão, mas também atuem de fato.”

Por isso, os sindicalistas vão realizar manifestação em 2 de abril. A data foi escolhida por ser o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. O ato com local a definir, será em frente a uma das empresas descumpridoras da lei. Devem participar entidades que atuam no setor de TI.

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