Inclusão

Contratação de pessoas com deficiência atinge 84% das vagas no setor metalúrgico de Osasco

Respeito à Lei de Cotas cresceu em 2023, aponta pesquisa. “Inclusão é tarefa de toda a sociedade”, afirma superintendente

Sind. Met. Osasco
Sind. Met. Osasco
Pesquisa divulgada hoje mostra que cresceu o cumprimento da legislação sobre cotas no setor metalúrgico de Osasco e região

São Paulo – A contratação de pessoas com deficiência nas empresas metalúrgicas em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, atingiu 84,1% das vagas no ano passado. Isso corresponde a 455 vagas ocupadas, de 541 cotas legais, em universo de 17.314 trabalhadores em 67 fábricas. Os dados são da 18ª Pesquisa Lei de Cotas, realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, divulgada nesta quarta-feira (13).

O resultado supera o de 2022, quando o índice foi de 83,5%. Além disso, a pesquisa mostra que quase metade das empresas (46,3%) cumpriram 100% da cota ou mais. Foram os casos dos setores de autopeças e forjarias, ambas com 102,2%. Ao mesmo tempo, o número de empresas que não contrataram ninguém caiu de 9,4%, em 2022, para 6%.

Cumprimento da Lei de Cotas

Assim, a pesquisa tem como objetivo aferir o grau de cumprimento do artigo 93 da Lei 8.213/91, a chamada Lei de Cotas. Com base em 12 municípios, o Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco é conhecido pelo levantamento sistemáticos de dados relacionados a saúde e segurança.

“Por meio da pesquisa, criamos estratégias e podemos atuar para que as contratações de fato aconteçam. Além disso, o assunto é pauta permanente no sindicato e das negociações coletivas durante a nossa campanha salarial”, afirma o presidente da entidade, Gilberto Almazan, o Ratinho. “A inclusão é tarefa de toda sociedade, não adianta só a fiscalização, tem que ter a participação do sindicato, tem que ter informação e a compreensão da sociedade”, acrescenta o superintendente Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, Marcus Alves de Mello.

Ainda falta informação

A pesquisa divulgada hoje tem apoio da Gerência Regional do Trabalho e do Projeto de Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), que é a representação local do ministério. “Desde que assumi, chamamos as empresas, notificamos, exigimos o cumprimento da cota, mas chamamos para o diálogo. Já fizemos dois grandes eventos na cidade de São Paulo, com a participação da prefeitura, do INSS, de empresas e instituições, para falar da importância da inclusão. Muitas vezes o que falta é a informação”, acrescenta Mello.

As pessoas com deficiência física representam 39,3% dos contratados. Em seguida, vêm aquelas com deficiência auditiva (29%) e visual (13%). Além deles, os reabilitados somam 7,3% e as pessoas com deficiências psicossocial e intelectual, 4,6%.

Funcionário há 24 anos na Cinpal, em Taboão da Serra, Alexandre Peregrino tem deficiência auditiva. Ele está prestes a terminar de pagar o financiamento de seu apartamento. Também paga a pensão para a filha e ajuda nas despesas da mãe. “Depois vou tirar a carta de motorista.”

Confira aqui a íntegra da pesquisa.

Com informações do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco


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