Sem avanços nas negociações, bancários protestam nesta 3ª

Pode haver paralisações ou atraso de abertura de agências em alguns estados. Iniciativa é forma de pressão para nova rodada de conversas nesta quarta e quinta-feiras

Representantes dos bancários em rodada de negociação(Foto: Jailton Garcia/Contraf-CUT)

São Paulo –  Sem avanços nas três rodadas de negociação da campanha salarial entre sindicatos de bancários e representantes das empresas do setor financeiro, os trabalhadores prometem protestos nesta terça-feira (14). O Dia Nacional de Luta é uma forma de pressionar os bancos na véspera do início da quarta e última rodada de negociações, programada para esta quarta e quinta-feiras (15 e 16).

A pauta envolve questões ligadas à remuneração,  que inclui o aumento de salário acima da inflação – reajuste de 11% –, previdência complementar e valorizaçãos dos pisos salariais. Na semana passada, os bancos rejeitaram reivindicações referentes à preservação e garantia de emprego.

“Os bancários já deixaram claro nas consultas, assembleias, pesquisas, conferências regionais e conferência nacional que tão importante quanto as cláusulas econômicas na atual campanha são a sua saúde e as condições de trabalho, principalmente o massacre das metas e do assédio moral, o emprego e a segurança bancária”. afirma Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional.

Ao final da terceira rodada de negociação, o  Contraf-CUT cobrou da Federação Nacional dos Bancos a realização de um seminário sobre sistema financeiro, que seja aberto a toda a sociedade, para discutir o papel dos bancos no desenvolvimento econômico do país.

Nas primeiras três rodadas, os temas abordados e propostos pelas instituições que representavam os bancários foram, respectivamente: assédio moral, saúde do trabalhador e segurança bancária, emprego e condições de trabalho. De acordo com a Contraf-CUT os bancos receberam com intransigência todas as reivindicações, relatando o descaso com os trabalhadores. “Os banqueiros precisam saber que, sem solucionar essas questões, os bancários vão para a greve”, advertiu Carlos Cordeiro.